Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Ternes, Andressa Saraiva |
Orientador(a): |
Padrós, Enrique Serra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/71931
|
Resumo: |
No início da década de 60, um grupo de jovens cineastas dispostos a mudar os rumos do cinema brasileiro e da própria realidade social e política de seu público despontava de forma inédita no cenário internacional, conquistando a crítica dos festivais de cinema europeus. Durante a década de 70, o grupo que ficou conhecido como Cinema Novo sofreu transformações em decorrência da política cultural do regime instaurado com o golpe de 1964. Com uma proposta de desenvolvimento industrial para o cinema brasileiro, a ditadura civil-militar criou, em 1966, o Instituto Nacional de Cinema (INC) e, em 1969, a Empresa Brasileira de Filmes (EMBRAFILME). Esta tinha como finalidade a divulgação do cinema brasileiro no exterior. Paralelamente, a atividade da censura selecionava o que o público interno deveria ver. Da mesma forma, era a censura que liberava a exibição no exterior das películas brasileiras, através da chancela “Livre para Exportação.” Dispostos a seguir com sua proposta verdadeiramente nacional de cinema brasileiro, determinados diretores do Cinema Novo decidiram-se por buscar o diálogo com o Estado. Como resultado, suas obras alcançaram êxitos internacionais não concedidos à outra ordem de produção cinematográfica. Notou-se que as obras de maior repercussão no exterior não apresentavam nenhuma proximidade com a propaganda oficial do regime empreendida no âmbito interno, como, a princípio, suscita a existência da EMBRAFILME. Ademais, mesmo os filmes sem qualquer vínculo com o Estado em sua produção passavam pelo seu crivo por meio da censura. Dessa forma, surpreende que a imagem do Brasil enquanto produtor de cinema tenha sido construída por películas aparentemente tão distantes das evidentes intenções do regime. Partindo da criação da EMBRAFILME e da atuação da censura em relação a esse conjunto de filmes, este trabalho busca investigar a relação da ditadura imposta em 1964 com a inserção internacional do cinema brasileiro até a obra de Roberto Farias Pra frente, Brasil. |