Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Pecoraro, Juliana Pompeu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/36457
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Resumo: |
Introdução: A navegação de pacientes oncológicos é uma intervenção emergente na saúde, que objetiva melhorar o acesso ao cuidado e reduzir as disparidades no tratamento. Este estudo aborda o impacto da implementação de um programa de navegação de pacientes conduzido por enfermeiros em um Centro Oncológico de Alta Complexidade da Saúde Suplementar no Rio de Janeiro, Brasil. A navegação de pacientes, especialmente em oncologia, é essencial para garantir um atendimento eficaz e tempestivo, auxiliando na superação de barreiras socioeconômicas e burocráticas. Objetivos: Realizar um diagnóstico situacional de um projeto piloto de navegação de pacientes, utilizando uma análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) para identificar pontos fortes, fraquezas, oportunidades e ameaças. Os objetivos específicos incluíram a caracterização do perfil demográfico e clínico dos pacientes, a análise do perfil dos enfermeiros navegadores e a avaliação das repercussões da implementação do programa no acesso ao tratamento oncológico. Método: O estudo observacional retrospectivo seguiu as diretrizes do checklist STROBE. A amostra incluiu pacientes adultos com diagnóstico confirmado de câncer, atendidos pelo programa de navegação entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023. Dados demográficos e clínicos foram coletados e analisados utilizando estatísticas descritivas. A análise foi realizada com o software R versão 4.4.1. A matriz SWOT foi aplicada para avaliar as condições internas e externas que influenciam a prática da navegação de pacientes. Resultados: Foram triados 1.210 pacientes em quatro unidades do Centro Oncológico, revelando variações significativas na necessidade de navegação. A aplicação da Escala de Avaliação da Necessidade de Navegação (EANN) foi inconsistente, com 45% dos pacientes não sendo avaliados. Na unidade D, 48% dos pacientes não necessitaram de navegação, enquanto a unidade C teve a maior demanda por navegação de nível 1 (36%) e o maior percentual de dados desconhecidos (60%). Discrepâncias foram observadas no preenchimento dos dados, com pacientes sem necessidade de navegação que, ainda assim, tiveram a EANN aplicada. As neoplasias malignas mais prevalentes foram as de mama (21%), cólon (9,3%) e próstata (12%). O perfil das enfermeiras navegadoras mostrou que, apesar de possuírem formação acadêmica adequada e experiência em oncologia, a capacitação específica em programas de navegação ainda é limitada. Discussão: Os resultados sugerem que, embora o programa de navegação de pacientes tenha potencial para melhorar a qualidade do atendimento oncológico, existem desafios significativos a serem superados, especialmente à padronização dos processos de triagem e documentação. A análise SWOT revelou que a eficácia do programa é altamente dependente da capacitação contínua dos enfermeiros e da adoção de tecnologias de suporte, mas também apontou para a necessidade de estratégias mais robustas de gestão e comunicação para minimizar as fraquezas identificadas. A alta variabilidade entre as unidades do centro oncológico sugere que abordagens personalizadas podem ser necessárias para atender às necessidades específicas de cada população atendida. Conclusão: A implementação do programa de navegação de pacientes mostrou-se promissora, mas há necessidade de melhorias na consistência da aplicação das ferramentas de avaliação e na documentação. A análise SWOT forneceu uma visão estratégica que pode orientar futuras intervenções e aprimorar a qualidade do atendimento oncológico. O programa destaca a importância do enfermeiro navegador na coordenação do cuidado, mostrando-se essencial para a otimização dos recursos em saúde e melhoria dos desfechos clínicos dos pacientes oncológicos. |