Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Juliana Guimarães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/29250
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Resumo: |
Introdução. O gliobastoma (GB) é o tumor cerebral mais incidente e reicidivante em curto intervalo de tempo, devido à resistência das células tumorais à radioterapia e quimioterapia. Nesse contexto, estratégias terapêuticas, capazes de inibir seu crescimento, têm sido empregadas. Dentre estas, a inalação com álcool perílico (AP) e dieta com baixo teor de carboidratos têm se mostrado eficazes na inibição do crescimento tumoral. As pesquisas com ácido docosahexaenoico (DHA) têm evidenciado não somente sua interferência no processo inflamatório e expressão de mediadores imunológicos, mas também na indução à apoptose e autofagia de células cancerígenas e seu uso pode ser promissor no GB. Objetivo. Demonstrar o efeito da suplementação com DHA no perfil de mediadores imunológicos de pacientes com glioblastoma recidivo em tratamento padrão e álcool perílico inalatório, associado à dieta com baixo teor de carboidrato. Métodos. Foram incluídos 35 voluntários, oriundos do ambulatório de neuro-oncologia do Hospital Universitário Antônio Pedro em Niterói - RJ, diagnosticados com GB recidivo em tratamento padrão, iniciando a inalação do AP e dieta com baixo teor de carboidrato (Lipídios: 45 a 50 %; proteína: 20 % e glicídios: 25 a 30 %). A alocação nos grupos considerou as condições clínicas e capacidade de deglutição do suplemento (cápsula em gel). Os pacientes do grupo 1 inalaram o álcool perílico (AP) e aderiram à dieta com baixo teor de carboidrato; os do grupo 2, além de inalar AP e aderir à dieta com baixo teor de carboidrato, foram suplementados com DHA (1500mg/dia). Ambos os grupos foram acompanhados por 90 dias. Dados sociais, clínicos e antropométricos foram avaliados, o crescimento tumoral, através da ressonância magnética, e a expressão dos mediadores imunológicos plasmáticos (TGF-α, INFγ, IL-7, IL-8 e VEGF) foram avaliados antes e após o período de acompanhamento. Os testes estatísticos Shapiro-wilk, t pareado ou Wilcoxon e t-student ou Mann-Whitney foram utilizados conforme a normalidade dos dados. Resultados. 20 pacientes foram excluídos devido a óbito ou abandono dos tratamentos propostos. Concluíram o estudo 10 pacientes do grupo 1 (45,9 ± 12,1 anos, 8 homens e 2 mulheres) e 5 pacientes do grupo 2 (53,2 ± 16,6, 2 homens e 3 mulheres). Os dados dos grupos eram homogêneos. A avaliação do estado nutricional, segundo IMC, evidenciou sobrepeso (42,9 %); acúmulo de gordura abdominal (46,9 %), pela medida circunferência da cintura; eutrofia em 58,8 %, pela circunferência do braço; obesidade em 55,9 % conforme dobra tricipital; a circunferência muscular do braço mostrou eutrofia em 58,8 %. Hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia foram as comorbidades prevalentes. Após 90 dias houve redução do crescimento tumoral em ambos os grupos sem diferença significativa (Grupo 1, p = 0,2500 e grupo 2, p = 0,4461); a expressão dos mediadores imunológicos não sofreu influência dos tratamentos propostos (TGF-α, p = 0,3097; INFγ, p = 0,9530; IL-7, p = 0,3710; IL-8, p = 0,1645 e VEGF, p = 1,0000). Conclusão. Os tratamentos adjuvantes propostos favoreceram a redução do crescimento tumoral, porém a suplementação com DHA não demonstrou efeito nos mediadores imunológicos. Sugere-se estudos com maior número amostral ou suplementação com maiores quantidades de DHA. |