Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Vicente, Gabriela Câmara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9427
|
Resumo: |
O diabetes mellitus durante a gravidez está associado a complicações maternas e perinatais, podendo induzir na prole uma série de desordens metabólicas e cardiovasculares. A alimentação pode exercer uma grande influência neste processo, para isso a aplicação terapêutica da semente de linhaça vem sendo estudada, pois esta oleaginosa é a melhor fonte vegetal de ácido graxo ômega-3, que são considerados atualmente pelos pesquisadores, essenciais protetores contra doenças cardiovasculares. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da farinha e do óleo de linhaça sobre os indicadores cardiovasculares e na morfologia cardíaca dos filhotes de ratas diabéticas, na vida adulta. Ratas (n=24) foram induzidas ao diabetes por dieta hiperlipídica (60% de lipídeos) e por estreptozotocina. Após a confirmação da diabetes (glicose > 300mg/dL) foram para o acasalamento, e confirmada a gestação foram divididas em quatro grupos: grupo controle (GC- recebendo ração de caseína), grupo hiperlipídico (GH- recebendo ração hiperlipídica), grupo farinha de linhaça (GFL- recebendo ração hiperlipídica adicionada de farinha de linhaça) e grupo óleo de linhaça (GOL- recebendo ração hiperlipídica adicionado de óleo de linhaça). Após o desmame, seis machos (M) de cada grupo foram separados e passaram a receber dieta comercial até os 100 dias de vida. Aos 90 dias, a pressão arterial sistólica foi mensurada. No momento do sacrifício o sangue foi colhido por punção cardíaca e o soro foi separado para análise bioquímica do perfil lipídico, proteína quimiotática de Monócitos 1 (MCP-1) e fator de crescimento vascular endotelial (VEGF). A aorta e o coração foram removidos e fixados para análise histológica. As análises foram realizadas no programa S-Plus 8.0, com nível de significância de p<0,05. A hiperglicemia materna levou ao aumento dos valores da pressão arterial no MGH, MGOL e MGFL (+31,8%; +15,5%; +28,4%, p<0,001), contudo o uso materno de óleo de linhaça levou a redução do valor da pressão em relação ao MGH. Um menor peso corporal foi encontrado nos grupos MGH, MGOL e MGFL (p<0,008), porém o consumo médio de ração (p<0,001) foi significativamente maior no MGFL. Observou-se que as dietas experimentais não afetaram a concentração sérica de MCP-1 (p=0,155), VEGF (p=0,516), colesterol (p=0,589), triglicerídeo (p=0,541), HDL-c (p=0,868), LDL-c (p=0,571) e VLDL-c (p=0,541). A espessura da camada íntima-média da aorta foi significativamente menor no MGOL e MGFL (p<0,001), área da luz foi semelhante entre os grupos (p=0,093) e uma maior porcentagem de fibra elástica foi encontrada no MGOL e MGFL (p<0,002). A prole do MGFL apresentou significativamente menor espessura do ventrículo esquerdo (p<0,030) e a área ocupada pelo colágeno no ventrículo esquerdo foi significativamente menor no MGOL e MGFL (p<0,001). A hiperglicemia materna esteve associada ao menor ganho de peso corporal da prole, porém a ingestão materna de farinha de linhaça e óleo de linhaça não foi capaz de modificar os parâmetros bioquímicos cardiovasculares. Além disso, apenas a suplementação com óleo de linhaça protegeu a prole contra o aumento da pressão arterial sistólica. Contudo sugere-se que houve uma ação benéfica desta oleaginosa, tanto na forma de farinha ou de óleo, contra o remodelamento aórtico e cardíaco |