Caracterização de potenciais habitats bentônicos na Elevação do Rio Grande

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lisniowski, Maria Aline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
BTM
ERG
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24758
Resumo: A Elevação do Rio Grande (ERG) é uma das maiores feições topográficas do Oceano Atlântico Sul, localizada a aproximadamente 1.000 km de distância da costa do Brasil. O interesse recente na exploração de CFRCs nessa região ampliou a necessidade de conhecimentos básicos ambientais sobre o tipo de substrato, os habitats bentônicos e a dinâmica sedimentar. O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) realizou um levantamento de multifeixe (30 KHz) cobrindo uma área de 45.000 km2 , com profundidades entre 550 m no platô e 2.775 m no graben que corta transversalmente a área central da ERG. Estes dados foram processados com resolução de 50 m e possibilitaram análises da morfologia, tipos geomórficos, gradientes, intensidade do retroespalhamento acústico, modelagem do terreno bentônico (BTM – Benthic Terrain Model) e classificação dos potenciais habitats bentônicos. Filmagens do fundo marinho foram obtidas por 3 meios distintos: 8 perfis de TV Grab, 2 perfis com o submersível Shinkai (+ 1 perfil com a drop cam) e 13 com o veículo de operação remota (ROV). Dados de sedimentos na ERG foram coletados através dos amostradores box corer, piston corer e também push corer. A análise da distribuição granulométrica foi realizada no granulômetro a laser Malvern 2000 e por peneiramento. A partir das análises da orientação e declividade, dos dados de batimetria e modelos BPI foram definidas 6 classes para o BTM, que resultam nas seguintes zonas geomórficas: Platôs, Áreas Planas, Flancos, Declives, Ravinas/Vales e, por último, Bordas dos Platôs. As descrições do substrato dos 24 mergulhos e as amostras de sedimentos foram a fonte principal de informações para correlacionar os ambientes às classes do RSOBIA, definidos como: Lama; Areia; Mistura entre sedimentos e rochas/dunas; Crostas e Afloramentos em declive. Cinco locais na ERG apresentaram formas de leito classificadas como dunas submersas ou furrows, compreendendo 530 km2. Essas características foram identificadas em profundidades de 600 a 1600 m, com média de 1,2 a 2,9 m de altura e 250-550 m de comprimento de onda, com a maioria das cristas orientadas aproximadamente na direção Leste Oeste, paralelas ao cânion. Algumas dunas submersas são contínuas por mais de 30 km. Depósitos de pterópodes foram reconhecidos em grande parte da área central da ERG, indicando que possivelmente há atraso na deposição destas partículas. Finalmente, o mapa de potenciais hábitats bentônicos subdividiu a área em: Bacias profundas lamosas; Platôs de crostas Fe-Mn; Areias de foraminíferos; Rochas fragmentadas entre sedimentos; Platôs carbonáticos e/ou dunas e Afloramentos em declive e paredões.