Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Badaró, Emilly Souza Coelho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/27817
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Resumo: |
Grandes impactos na dinâmica do trabalho educativo nas escolas que deram continuidade de forma não presencial às atividades pedagógicas foram ocasionados pelo isolamento social imposto no ano de 2020, em decorrência do início da Pandemia da doença do novo coronavírus, a COVID-19. Além da disseminação do uso dos aplicativos de videoconferências para as reuniões entre direção, coordenadores e corpo docente, alguns professores regentes também passaram a usar recursos digitais para desenvolverem atividades remotas para serem disponibilizadas em Plataformas Virtuais de Aprendizagem organizadas para esse fim. Outros professores de escolas que não dispunham dessas plataformas, na expectativa de que ainda assim poderiam garantir a uma parte dos alunos a continuidade em casa do processo ensinoaprendizagem, começaram a usar de forma mais sistemática ambientes virtuais informais para interagirem com os alunos, como o Facebook, Instagram, Youtube e aplicativos como o Whatsapp. A produção de atividades remotas em decorrência da Pandemia da COVID-19 ocorreu em um momento da história em que as escolas brasileiras deveriam implantar seus currículos construídos a partir da Base Nacional Comum Curricular. Diante do duplo desafio, aulas remotas e BNCC, este estudo se propôs a, por meio de uma abordagem qualitativa e com estudo de caso, refletir sobre as primeiras atividades criadas pelos professores das escolas públicas e que foram disponibilizadas nas redes virtuais de interação diante do surgimento da Pandemia da COVID-19. O estudo buscou observar se essas primeiras atividades trabalhadas de forma remota estavam em conformidade com a Base Nacional estabelecida para a Educação Básica. Da mesma forma, buscou-se conhecer quais as estratégias produzidas com recursos digitais foram usadas para apresentar os conteúdos curriculares e para representá-los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los significativos. Como recorte, dispôs a analisar atividades que abordavam conteúdos curriculares de Ciências da Natureza que foram oferecidas por meios virtuais para crianças de 4 a 7 anos. A faixa etária de 4 a 7 anos, apesar de contemplar segmentos diferentes da Educação Básica (Educação Infantil e Ensino Fundamental) foi a escolhida porque abrange crianças ainda de pouca idade e o estudo considera que o Ensino das Ciências deve iniciar nos primeiros anos da Educação Básica, começando na infância o estímulo aos processos investigativos naturais das crianças, criando condições para que elas adquiram conhecimentos, possam se desenvolver e fazer uma leitura crítica do mundo em que vivem e das transformações sociais que precisam ser promovidas. Sobre a pesquisa de campo desenvolvida para viabilizar o estudo, ela buscou nos aplicativos e nas redes sociais as atividades de ensino disponibilizadas e divulgadas online que foram aplicadas nos meses abril, maio e junho de 2020 por professores e escolas públicas da rede municipal de Natividade, situado no Noroeste Fluminense. Quanto à pesquisa bibliográfica, tomou-se como base os estudos recentes produzidos no contexto da Pandemia da COVID- 19, visando conhecer tanto as orientações produzidas pelos organismos que atuam sobre a educação brasileira quanto as reflexões desenvolvidas pela academia sobre os efeitos na educação decorrentes das medidas aplicadas para evitar a contaminação dos estudantes e suas famílias pelo novo coronavírus. Concluiu-se que, no universo da pesquisa, alguns professores passaram a desenvolver atividades online para o estudo de conteúdos das Ciências da Natureza, mas a preocupação com o a adequação à BNCC não ficou evidente, não havia referência aos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento ou às habilidades. As iniciativas revelaram mais que as escolhas foram feitas mensurando quais as atividades seriam possíveis e importantes de serem trabalhadas de forma online naquele momento de crise da Saúde Pública, que já estavam habituados a desenvolvê-las em sala de aula ou que encontraram na internet em meio a outras sugestões disponibilizadas na rede. O currículo não foi construído pelos professores de forma refletida e baseada nos elementos da BNCC e o isolamento social che.gou antes que houvesse tempo de repensar o planejamento e de consolidar pela prática os conhecimentos sobre essa nova normativa. |