Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Freire, Fabiane Marques Dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/25774
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Resumo: |
Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva é um ambiente com tecnologia de ponta e atuação de equipe multidisciplinar para que o paciente internado seja acompanhado em vários níveis assistenciais de acordo com suas necessidades. A candidíase é considerada a infecção fúngica mais comum. Na mucosa oral, ela pode exibir padrões clínicos variados e atípicos, e por vezes, não é identificada clinicamente, podendo trazer um desfecho desfavorável na recuperação do paciente. Objetivo: Investigar a candidíase oral em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Antônio Pedro. Material e Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal e prospectivo realizado na Unidade de Terapia Intensiva. Dados sociodemográficos foram coletados do prontuário. Exame estomatológico e coleta de material citopatológico e para cultura foram realizados junto ao participante, no leito. Foram considerados como casos de candidíase clínica os indivíduos com alterações indicativas de candidíase e com exame citopatológico positivo para candidíase; os casos de candidíase subclínica aqueles sem alterações indicativas de candidíase, porém com resultado positivo para candidíase; e casos sem candidíase aqueles sem alterações indicativas de candidíase e com resultado negativo para candidíase no exame citopatológico. Resultados: Dos 48 participantes, 18,8% (n=9) apresentaram alterações clínicas da mucosa oral sugestiva de candidíase e em 45,8% (n=22) não foram observadas alterações na mucosa oral sugestivas de candidíase, contudo, no exame citopatológico foi identificada presença de candidíase. A proporção de homens e mulheres com candidíase foi semelhante a 1:1 e a média de idade foi de 59,1 (±17,4) anos. Não houve uma associação estatisticamente significativa entre o sexo do participante (p=0,544), idade (p=0,199) e cor de pele (p=0,126) com a presença de candidíase. As doenças sistêmicas mais observadas nos participantes com candidíase foram agravos do tipo cardiovascular (61,3%; p=0,544), pulmonar (61,3%; p=0,131), neoplásica maligna (48,4%; p=0,765) e diabetes (48,4%; p=0,060). Não foi verificada associação estatisticamente significativa do uso de antiácidos (p=0,228), hipoglicemiantes (p=0,232), antieméticos (p=0,132) antibióticos (p=0,769), anticoagulante (p=0,232) e analgésicos (p=0,367). Não foi verificada associação estatisticamente significativa dos níveis de glicose (p=0,181) e PCR (p=0,202) com a presença de candidíase. No entanto, os níveis de ureia (p=0,005), creatinina (p=0,009), hemoglobina (p=0,009), hematócrito (p=0,011), bastões (p=0,024) e INR (p=0,034) demonstraram associação com a presença de candidíase. Foi verificada associação estatisticamente significativa entre o tipo de respiração com a presença de candidíase (p=0,017). Foi verificada associação estatisticamente significativa entre o tempo de internação com a presença de candidíase (p=0,037). A maioria dos participantes em que o desfecho foi o óbito apresentaram candidíase (88,8%; n=16; p=0,014). Conclusão: Candidíase oral é frequente em indivíduos internados na Unidade Terapia Intensiva. Houve associação estatisticamente significativa entre o tempo de internação com a presença de candidíase. A maioria dos indivíduos com desfecho para o óbito apresenta candidíase. O exame citopatológico se mostrou uma importante ferramenta para o diagnóstico da candidíase |