Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Natália Silva Araujo dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/23735
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Resumo: |
As edificações de interesse patrimonial apresentam importância como registro histórico e exercem também papel como suporte para memórias daqueles que convivem com elas no cotidiano. Um mesmo elemento pode remeter diferentes memórias para grupos sociais distintos, tendo para cada um deles um significado e um valor. Mas este patrimônio, ainda que arruinado, estaria sendo percebido como suporte de memórias cotidianas, assim como sugere a literatura? A hipótese que se pretende testar é se com o arruinamento do patrimônio, as memórias cotidianas associadas a ele também seriam perdidas. Como área para verificação empírica foi escolhido o bairro da Gamboa, localizado na região portuária da cidade do Rio de Janeiro. Essa região apresenta relevância histórica para o desenvolvimento da cidade, tendo passado por diversos períodos da evolução urbana. Recentemente, a região passou por grandes transformações urbanas com o Projeto Porto Maravilha. Seu patrimônio, preservado pela APAC SAGAS, instrumento da prefeitura de proteção criado na década de 1980 com a participação popular, encontra-se malconservado mesmo após as intervenções na área, estando muitos exemplares em estado de ruína. Utilizando métodos da antropologia urbana, com inspirações etnográficas, buscou-se através de conversas com moradores antigos verificar de que forma as ruínas afetariam suas memórias. Foi constatado, que a proximidade com as ruínas interfere nas memórias evocadas. Mas foi observado também que mais que servir como um suporte de memórias, o patrimônio arruinado é capaz de afetar aspectos subjetivos, como a relação espaço-indivíduo, ou seja, a ambiência urbana. Os indivíduos imersos em lugares com presença marcante de ruínas, percebem o bairro como decadente, não detectando valor nas mesmas. Os resultados sugerem que a aparente decadência pela qual a Gamboa passa é uma percepção localizada em certas frações do bairro, nas quais as ambiências apresentam contato mais íntimo com as ruínas. E, portanto, pode-se pensar em estratégias locais para os problemas apontados pelos entrevistados, como falta de moradores, consumidores e de atividades. |