Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Lílian Rocha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/33699
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Resumo: |
Introdução: A língua geográfica é uma condição imunomediada, crônica e recorrente, prevalente em pacientes psoriásicos. O diagnóstico geralmente é clínico, sendo a biópsia indicada em casos atípicos. O surgimento de novos índices, como o Geographic Tongue Area and Severity Index auxiliam na obtenção de diagnósticos mais precisos e precoces, além de direcionar a terapia adequada. Estudos longitudinais com detalhada avaliação e caracterização da resposta inflamatória da língua geográfica são escassos e podem contribuir para o entendimento da patogênese da lesão. Diante do exposto, formulamos a hipótese centífica de que as características imuno-histoquímicas da língua geográfica estão associadas à gravidade das lesões e podem ser distintas em pacientes psoriásicos. Objetivo geral: Correlacionar o grau de extensão e gravidade clínica da língua geográfica com suas características imuno-histoquímicas. Material e Métodos: Este estudo caracteriza-se por ser transversal observacional e retrospectivo, com amostra de 29 participantes que foram recrutados no período entre 2010 e 2015, que foram avaliados clinicamente por estomatologistas e dermatologistas e, após o diagnóstico de língua geográfica, foram submetidos a biópsia incisonal oral. A amostra foi dividida em dois grupos testes, sendo o grupo teste língua geográfica (GT-LG) composto por 14 indivíduos com língua geográfica; e o grupo teste psoríase – língua geográfica (GTP-LG) composto por 15 participantes com língua geográfica e psoríase. Os indivíduos diagnosticados com psoríase foram avaliados conforme os critérios do Psoriasis Area Severity Index. O tecido oriundo das biópsias foi processado e analisado, bem como realizadas as reações de imuno-histoquímica. O material foi submetido ao método de imuno- histoquímica por perioxidase, com os anticorpos monoclonais anti CD1a, CD3, CD4, CD8, CD20 e CD68. As imagens das lesões de língua geográfica, realizadas no dia da biópsia, foram avaliadas por dois estomatologistas experientes, onde foram classificadas de acordo com os critérios do Geographic Tongue Severity Index. Posteriormente, foi realizada uma correlação dos achados imuno-histoquímicos e a gravidade das lesões, bem como a comparação dos achados imuno-histoquímicos entre participantes psoriásicos e não psoriásicos. Resultados: Nos cortes histológicos, em uma análise por grupos, observou-se que o infiltrado inflamatório se caracterizou principalmente por linfócitos T CD3 (GT-LG: 4,1%; GTP-LG: 2,7%) e T CD4 (GT-LG: 3,4%; GTP-LG: 1,9%), sendo o percentual médio de positividade maior no grupo dos participantes sem psoríase. As médias de positividade para CD1a (GT LG: 1,5%; GTP-LG: 1,6%), CD8 (GT-LG: 1,7%; GTP-LG: 1,5%) e CD68 (GT-LG: 1,4%; GTP-LG: 1,5%) se apresentaram semelhantes entre grupos. CD20 (0,9%) foi o anticorpo de menor expressão em ambos os grupos. GT-LG observou-se correlação moderada positiva para CD1a (0,522) e fraca CD3 (0,314) com a gravidade da língua geográfica, todavia para GTP-LG, para as lesões orais de categoria leve verificou-se leve relação com uma maior expressão de CD4 (-0,355). Além disso, nas lesões orais de casos graves de psoríase sugere um maior número de linfócitos T CD8 (0,343). Conclusão: As características imuno-histoquímicas da língua geográfica estão associadas à sua gravidade e podem ser distintas em pacientes com psoríase. |