Avaliação da expressão de CD34 e ICAM-1 e das alterações vasculares na pele de pacientes com psoríase em placas, pustulosa e eritrodérmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bressan, Aline Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8816
Resumo: A psoríase é uma doença crônica inflamatória, sem predileção por sexo e faixa etária, com mediação imunológica, caracterizada por lesões eritêmato-escamativas. Seu desenvolvimento depende de fatores genéticos, de estímulos externos ou desencadeantes e de alterações do sistema imunológico, com ativação dos linfócitos T. As formas de apresentação são: em placas, gutata, invertida, pustulosa, artropática e eritrodérmica. A doença é considerada extensa quando acomete mais de 10% da superfície corporal (SC) e a forma grave ocorre em 20-30% dos casos. Aproximadamente 350 pessoas morrem anualmente em função da psoríase ou de complicações do tratamento. As formas mais graves, como a pustulosa (pústulas disseminadas) e a eritrodérmica (>80% da SC acometida), são as responsáveis por complicações sistêmicas, com alteração da termorregulação, desidratação, taquicardia e por este motivo, geram o maior número de internações. A complicação com maior evolução para o óbito é o extravasamento capilar sistêmico. Diante disso, foi formulada a hipótese de que há diferenças na expressão de CD34 (cluster of differentiation 34) e ICAM-1 ou CD54 (molécula de adesão intercelular), assim como nos vasos nessas diferentes formas de psoríase. Este estudo avaliou a expressão de CD34 e do ICAM-1 e das alterações vasculares na psoríase leve (<10% da SC), moderada-grave (>10% da SC), pustulosa e eritrodérmica a fim de correlacionar com a gravidade da doença. Avaliou também a presença de comorbidades e o perfil demográfico dos pacientes que foram submetidos a exame clinico, coleta de sangue periférico (4ml) e biópsia cutânea (duas amostras, uma fixada em formol e outra no meio Tissue-Tek, armazenada em nitrogênio líquido). O fragmento fixado em formol foi submetido às análises histopatológica e imuno-histoquímica, sendo o material deste estudo. O material obtido não utilizado está armazenado para análises futuras. Resultados: dos pacientes incluídos no trabalho, 22% apresentavam a forma pustulosa, 12% a eritrodérmica, 25% tinham psoríase em placas leve e 41% psoríase em placas moderada-grave. A prevalência de brancos foi semelhante a de não brancos, 53% x 47% respectivamente, assim como a divisão entre sexos, 56% mulheres e 47% homens. A HAS foi a comorbidade mais prevalente seguida da obesidade. A análise imuno-histoquímica com anticorpo CD34 revelou maior número de vasos na psoríase ertirodérmica, seguido da psoríase vulgar, independente do PASI. O anti-CD54 revelou maior imunomarcação nas células endoteliais e no infiltrado inflamatório mononuclear da forma eritrodérmica, seguido da psoríase vulgar grave. Conclusão: A psoríase não apresenta predileção por sexo e por cor de pele, apresentando a hipertensão como comorbidade mais associada. Os aspectos imuno-histoquímicos demonstram que as alterações vasculares são importantes na psoríase, ocorrendo aumento do número dos vasos e superexpressão do ICAM-1, principalmente na forma eritrodérmica. A expressão do ICAM-1 (CD54) está relacionada com o aumento do infiltrado linfocitário e com a gravidade clínica. Logo, concluímos que a alteração vascular é a base mantenedora das manifestações cutâneas e sistêmicas, sendo mais relevante na psoríase eritrodérmica.