Avaliação da proliferação e morte celular da linhagem HEP G2 exposta ao plasma de pacientes portadores de Falência Hepática Fulminante de etiologia viral
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Fluminense
Niterói |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/6323 |
Resumo: | A Falência Hepática Fulminante (FHF) tem como etiologias principais os vírus das hepatites, uso excessivo de medicamentos e consumo de álcool. Dentre os vírus das hepatites, os principais agentes de hepatite fulminante são os vírus das hepatite A, B e D. O Paracetamol por outro lado é reconhecido como o principal agente de insuficiência hepática aguda em alguns países desenvolvidos. Independente da etiologia causal, o transplante ortotópico do fígado representa a única modalidade terapêutica nos casos de Falência Hepática Fulminante. Já é conhecido que o soro de pacientes com Falência Hepática Fulminante promove um efeito tóxico sobre os hepatócitos, provavelmente induzindo essas células a entrarem em um estado de morte programada, promovendo sua morte maciça. Neste contexto, este trabalho teve como principal objetivo avaliar a capacidade hepatotóxica e antiproliferativa dos componentes solúveis presentes no plasma de pacientes com Falência Hepática Fulminante de origem viral em cultura de linhagem HepG2. Para que fossem incluídas neste estudo, todas as amostras foram testadas para a presença dos principais agentes infecciosos causadores de hepatites, tais como: vírus das hepatites A, B, C e E; leptospira; toxoplasma; vírus da dengue e Herpes vírus tipos I e II. Esta pesquisa teve o intuito de verificar o agente causador e excluir comorbidades. Neste momento também foram analisadas as enzimas hepáticas (Alanina Aminotransferase e Aspartato Amino Transferase), para avaliação bioquímica do fígado. Foram incluídas apenas: amostras de pacientes com Falência Hepática Fulminante de origem viral sem comorbidades, com encefalopatia Grau II, Tempo de ação da Protrombina ≤ 40% e/ou Razão Normalizada Internacional ≥1.5 e amostras controles de indivíduos saudáveis negativas para os agentes investigados, bem como dosagens de enzimas hepáticas normais. No presente estudo foram incluídas oito amostras de pacientes com Falência Hepática Fulminante provenientes do convênio com o Hospital Geral de Bonsucesso, no momento do transplante ortotópico e, oito amostras de indivíduos saudáveis coletadas pelo Grupo de Atendimento para Hepatites Virais. Após a inclusão no estudo todas as amostras dos dois grupos (com hepatite fulminante e saudável) foram utilizadas para caracterização das citocinas, do componente C3a do sistema complemento, para ensaio de proliferação utilizando-se um marcador fluorescente (cell trace) e para ensaio de apoptose utilizando-se um marcador anti-AnexinaV. Para determinar a influência do sistema complemento do plasma, nos ensaios de proliferação, morte celular programada e dosagem do complemento C3a, parte de todas as oito amostras dos pacientes de cada grupo foram inativadas pelo calor, antes da interação com as células HepG2. Os ensaios mostraram uma diminuição na taxa de proliferação das células HepG2 em contato com o plasma de pacientes com Falência Hepática Fulminante, embora esta diminuição não tenha uma relevância estatística quando analisadas a relação dosedependente dos plasmas. Foi observado também um aumento na indução apoptótica frente aos controles com soro fetal bovino. Foi constatado um aumento no nível de todas as citocinas e do componente C3a do sistema complemento presentes no plasma de pacientes com Falência Hepática Fulminante frente aos controles saudáveis. Estes resultados sugerem que devam existir determinadas condições específicas que direcionam o curso da doença para um quadro de Falência Hepática Fulminante e que estas condições podem ser alteradas pela etiologia da Falência Hepática Fulminante, do agente causador e até mesmo por fatores intrínsecos do portador. |