Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Luciana Guimarâes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/34753
|
Resumo: |
Staphylococcus spp. e Mammaliicoccus spp. são importantes tanto na medicina humana como na medicina veterinária, pelo crescente isolamento de cepas resistentes a meticilina e/ou multirresistentes em quadros infecciosos ou colonizando. Nos gatos além de serem encontrados na pele e mucosas de animais assintomáticos, também estão relacionados a graves quadros de piodermite, otites e infecções urinárias. Com o estreitamento do convívio entre animais e os seres humanos aumenta a possibilidade de compartilhamento desses microrganismos, bem como dos genes de resistência que carreiam. O uso inadequado de antimicrobianos favorece o aumento de bactérias multirresistentes, que já são um problema mundial. Trazendo assim a necessidade de aprofundar estudos sobre o tema e passar a ter uma nova leitura sobre a saúde animal influenciando na saúde humana (conceito Saúde única/ “One health”). Nesse estudo foram avaliados Staphylococcus pseudintermedius, Staphylococcus felis, Staphylococcus aures e Mammaliicoccus sciuri presentes em cem gatos assintomáticos no Rio de Janeiro, através da descrição da distribuição das espécies isoladas e determinação do perfil de resistência dessas amostras. Possibilitando assim disponibilizar um mapeamento sobre as estirpes colonizando esses animais e respectivo carreamento de genes de resistência por sítio de coleta. Para isso foram coletados, com auxílio de um swab estéril, amostras das regiões: orofaringe, perineal e fossa nasal. A identificação das espécies foi realizada pela espectrometria de massa – MALDI-TOF e confirmada com a reação em cadeia de polimerase do gene nuc para algumas estirpes. Suscetibilidade aos antimicrobianos foi testada pelo método de difusão em disco e na sequência identificação dos genes de resistência bacteriana através da reação em cadeia de polimerase dos genes blaZ, norA, ermB, tetM, aph(3”)-III, dfrG e lmrs. Esses foram previamente selecionados, a partir de uma análise dos genes resistência de todos os genomas dessas estirpes, de cães e gatos depositados no Genbank. Essa análise foi realizada com auxílio da ferramenta CARD (The comprehensive antibiotic resistance database). As amostras MRSP foram submetidas a técnica de MLST para identificação dos possíveis STs circulantes. Também foi avaliada da capacidade de formação de biofilme. A estirpe mais isolada foi S. felis na fossa nasal, seguido de S. pseudintermedius na região perineal. Cepas resistentes a meticilina e multirresistentes foram detectadas em dezenove felinos, sendo recuperadas, 50% MRMS, 39,2% MRSP e 10,8% MSSF. Não foi detectado MRSA nesse estudo. Os genes mais identificados foram blaZ, norA, ermB e aph(3”)-III. A multirresistência também foi observada em amostras sensíveis a meticilina. A partir da técnica MLST foram detectados onze novos STs de MRSP. Todas as estirpes apresentaram de moderada a forte produção de biofilme. Esses resultados são um importante mapeamento da resistência bacteriana em gatos assintomáticos nessas estirpes e um alerta para a necessidade de mais estudos sobre o tema. |