Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Matos, Priscilla de Abreu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/37080
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma doença mieloproliferativa associada à presença do cromossomo Philadelphia, resultado da translocação recíproca entre os cromossomos 9 e 22, que codifica o gene BCR-ABL1. Este gene é responsável pela expressão da proteína BCR-ABL, uma tirosinaquinase. Pacientes com câncer (CA) têm alto risco cardiovascular global (RCVG) e coprevalência de fatores de risco para as doenças cardiovasculares (DCV) e comorbidades. A maior sobrevida dos pacientes com CA os expõe à incidência ou agravamento das DCV. Muitos quimioterápicos utilizados no tratamento do CA, assim como os inibidores da tirosinaquinases (TKIs), apresentam efeitos adversos cardiovasculares. OBJETIVOS: Proceder a avaliação cardiovascular e metabólica dos pacientes com LMC; aferir a frequência dos fatores de risco cardiovasculares e estimar o RCVG; aferir a frequência de doença cardiovascular pré-existente e da doença arterial oclusiva periférica (DAOP) clinicamente detectável; determinar a frequência e os perfis de dislipidemia e hiperglicemia; determinar os padrões de sobrepeso, obesidade e demais índices antropométricos e determinar a diferença nos parâmetros citados entre os TKIs. MÉTODOS: Estudo transversal, observacional, retrospectivo e prospectivo, aplicado aos pacientes com diagnóstico clínico e molecular de LMC, sob tratamento no ambulatório de hematologia de hospital terciário de referência. Foi realizada avaliação clínica incluindo exame físico com coleta de dados antropométricos; preenchimento do questionário de claudicação de Edimburgo; análise eletrocardiográfica de repouso e dos exames laboratoriais e realizada a estratificação de risco com o RCVG. RESULTADOS: Foram incluídos 72 pacientes, 42 do sexo masculino, com média de idade de 59,5+13,3 anos e tempo médio de doença de 6,3+3,4 anos. A amostra contou com 58,3% dislipidêmicos, com predomínio do padrão HDL-c baixo; 52,8% de hipertensos; 33,3% diabéticos todos com padrão tipo 2; 38,9% de sobrepeso e 29% de obesos. Houve menor nível de LDL-c entre aqueles sob imatinibe, com significância estatística entre os grupos de fármacos. 43,1% da população geral foi classificada com RCVG alto, independente do fármaco utilizado. A incidência de eventos cardiovasculares graves foi de 19,4% com somatório maior de casos de síndrome coronariana aguda (SCA), seguido do evento cerebrovascular e DAOP. CONCLUSÃO: Os pacientes portadores de LMC apresentaram dislipidemia; hipertensão arterial; obesidade e diabetes mellitus tipo 2 como fatores de risco cardiovasculares mais prevalentes, com maioria estratificada como RCVG elevado. O registro de eventos cardiovasculares graves foi liderado pela SCA, seguido do evento cerebrovascular e DAOP. Prevaleceu o padrão HDL-c baixo com menor nível de LDLc entre aqueles sob imatinibe. |