Efeito do treinamento resistido sobre a cinética de Ca2+ intracelular de ratos obesos
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Espírito Santo
BR Mestrado em Educação Física Centro de Educação Física e Desportos UFES Programa de Pós-Graduação em Educação Física |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/6933 |
Resumo: | A obesidade é uma doença crônica metabólica, sendo atualmente considerada epidemia mundial. A condição obesa pode acarretar em disfunção cardíaca através do aumento crônico na sobrecarga hemodinâmica imposta ao coração, comprometendo proteínas intracelulares responsáveis pela contração e relaxamento miocárdico. Trabalhos crescentes demonstram benefícios cardiovasculares causados pelo treinamento físico resistido (TFR) tanto em condições saudáveis quanto na presença de doenças. O presente estudo apresentou como objetivo avaliar a função cardíaca e a cinética de Ca+2 intracelular em cardiomiócitos isolados de ratos obesos submetidos ao TFR. Foram analisados 58 ratos Wistar distribuídos de forma aleatória incialmente em 2 grupos experimentais: Controle (C, dieta padrão) e Obeso (Ob, dieta hiperlipídica) tratados por 16 semanas. Após este período os animais de cada grupo foram randomizados quanto à ausência e presença de TFR, assim formando 4 grupos: Controle (C), Obeso (Ob), Controle submetido ao TFR (CTr) e obeso submetido ao TFR (ObTr). O protocolo de TFR foi realizado por 10 semanas, 3 vezes na semana, em dias alternados em uma escada vertical adaptada para ratos com 4 a 5 sessões de subida. Observou-se que o peso corporal final (g) e a gordura corporal (g) mostraram-se diferentes estatisticamente entre os grupos Ob em relação ao grupo C (C= 478 ± 36 vs. Ob= 623 ± 67; p<0,05) e ObTr em relação ao CTr (CTr= 472 ± 44 vs. ObTr= 579 ± 57; p<0,05). A área sob a curva foi maior (27,5%) no grupo Ob comparado ao C (C=719,0 ± 52,2 vs. Ob= 917,0 ± 192,5), assim como no ObTr comparado ao CTr (CTr= 747,8 ± 114,5 vs. ObTr= 912,6 ± 178,5; ObTr > CTr, 22,03%). Os valores pressóricos não foram diferentes entre os grupos experimentais. As variáveis contráteis de cardiomiócitos isolados mostraram diferença significativa para o encurtamento (C= 7,12 ± 2,56; CTr= 11,04 ± 3,72; ObTr= 8,57 ± 2,02) e velocidade máxima de encurtamento (µm/s) (C= 1,60 ± 0,65; CTr= 3,37 ± 1,27; ObTr= 2,53 ± 0,69) sendo maiores no grupo CTr em relação ao grupo C e ObTr, respectivamente; a velocidade máxima de encurtamento também foi maior no grupo ObTr em relação ao grupo Ob. Os resultados da cinética de Ca+2 intracelular miocárdica mostraram que o grupo ObTr apresenta valores significativamente maiores para a velocidade de liberação - µm/s (Ob= 18,55 ± 17,25 vs. ObTr= 53,75 ± 61,04) e recaptura de Ca+2 - µm/s (Ob= 5,126 ± 3,703 vs. ObTr= 5,774 ± 3,277 µm/s), Ca+2 sistólico - nM (Ob= 1,05 ± 1,2 vs. ObTr= 1,22 ± 2,29) e tempo até o pico de Ca+2 - ms (Ob= 67,59 ± 25,09 vs. ObTr= 56,56 ± 18,86). Em conclusão, o treinamento resistido foi capaz de prevenir a disfunção cardíaca de ratos obesos decorrente de melhora na cinética de Ca+2 intracelular miocárdica. |