História evolutiva do gênero Priolepis (Pisces: Gobiidae) no Atlântico
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Espírito Santo
BR Mestrado em Oceanografia Ambiental UFES Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Ambiental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/10878 |
Resumo: | Priolepis (Valenciennes 1837) é um gênero de pequenos peixes bentônicos, da família Gobiidae, associado principalmente a ambientes recifais e distribuído em diferentes gradientes de profundidade. Grande parte da sua biodiversidade concentra-se no Indo Pacífico (32 espécies), com exceção das espécies Priolepis hipoliti, P. dawsoni, P. ascensionis e P. robinsi, presentes no Atlântico. Estas espécies, exceto P. robinsi, têm sua distribuição limitada por barreiras biogeográficas indicando assim, origem por especiação alopátrica. Neste estudo, buscamos pela primeira vez compreender a história evolutiva do gênero Priolepis no Atlântico utilizando marcadores moleculares e sequenciamento Sanger. Testamos as hipóteses de i) divergência entre as linhagens do Caribe e Brasil por vicariância e ii) formação da linhagem de Ascensão por especiação peripátrica. Análises de filogenia, usando os genes COI, Citb,12s, ND2, e S7, foram integradas às de filogeografia, com os genes COI e Citb (em P. dawsoni), a fim de gerar melhor compreensão sobre a evolução do grupo estudado. Análises filogenéticas de distância-p, Inferência Bayesiana e Relógio Molecular foram realizadas para determinar a proximidade evolutiva entre as espécies do Grupo Priolepis bem como inferir se o tempo de divergência entre elas está associado a processos históricos evolutivos. Para compreender a história demográfica das populações utilizamos índices de diversidade genética (haplotípica e nucleotídica), testes de neutralidade e o método de Coalescência Bayesiana Skyline Plot para avaliar as flutuações populacionais ao longo do tempo. Por último, verificamos a relação hierárquica entre os haplótipos de cada espécie e testamos as evidências de estruturação encontradas em Priolepis dawsoni usando o índice Fst e análises de variância molecular (SAMOVA e AMOVA) para o Citb. Nossos resultados mostraram grande correlação entre as divergências encontradas em Priolepis e eventos geológicos e climáticos. Sua história evolutiva se inicia com o fechamento da passagem de Tethys resultando no isolamento e origem do Clado Atlântico (~13 Ma). Apenas dois milhões de anos depois (~10,5 Ma), a formação da barreira do Amazonas dividiu as linhagens do Atlântico norte e sul, corroborando nossa hipótese inicial de especiação alopátrica por vicariância. A hipótese de especiação alopátrica peripátrica para Ascensão também foi corroborada e o melhor cenário para explicar a origem de P. ascensionis é a dispersão a partir do Brasil incluindo a CVT como fonte. As análises filogeográficas e demográficas apontam grande diversidade genética em todas as espécies e também sugerem que a história evolutiva das populações estudadas foi influenciada pelas variações climáticas do Pleistoceno e que o hábito generalista destas pode facilitar a dispersão entre regiões distantes e ambientes diferentes. Por último, a comprovação molecular de espécimes de P. dawsoni no Caribe indicam que seu status de endêmico do Brasil deve ser reavaliado. |