Entre kronos e kairós : a questão do tempo para o corpo que dança a partir de Paul Valèry e José Nuno Gil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Feltz Júnior, Deonato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Espírito Santo
BR
Mestrado em Educação Física
Centro de Educação Física e Desportos
UFES
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
796
Link de acesso: http://repositorio.ufes.br/handle/10/7193
Resumo: Trata-se de uma pesquisa teórica, de caráter qualitativo. Este trabalho se coloca a tarefa de pensar a dança a partir do conceito proposto pelo filósofo francês Paul Valèry: a dança é, afinal, uma forma de tempo, é a criação de um certo tipo de tempo, de um tipo completamente distinto e único. Isto é, partindo do conceito de dança proposto por Valèry – a dança como a criação de uma temporalidade distinta da vida prática – pretendemos seguir uma argumentação que nos permita retornar a este conceito tendo-o já elaborado e compreendido. Colocamos como questão as implicações deste conceito para se pensar o corpo. A partir disso, convidamos o filósofo português José Nuno Gil para compor o quadro teórico-conceitual de nosso trabalho para fazer dialogar o pensamento dele com o de Valèry, em especial seu conceito de Corpo Intensivo/Paradoxal. O primeiro capítulo pretende discutir o tema da dança à luz dos conceitos de Valèry. Investigamos as relações estabelecidas entre dança e tempo a partir de conceitos que aparecem nas obras de Valèry, tais como: tédio, duração e poesia. O capítulo dois busca compreender as implicações deste olhar para o corpo a partir da dança. Nele trabalhamos com Gil, buscando compreender de que forma o conceito de corpo paradoxal nos permite ampliar os horizontes acerca da compreensão de corpo. Neste capítulo, trabalhamos junto a Gil com os conceitos de corpoinscrição, infralíngua, corpo intensivo, corpo paradoxal e corpo-sem-órgãos (CsO). Neste caminho, argumenta-se que colocar a dança como uma forma de tempo é lançar o corpo ao devir e, dessa forma, produzir uma nova linguagem.