Microcrédito : combate à pobreza ou gestão da classe trabalhadora?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Colodeti, Vicente de Paulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Espírito Santo
BR
Doutorado em Política Social
Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas
UFES
Programa de Pós-Graduação em Política Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
32
Link de acesso: http://repositorio.ufes.br/handle/10/10639
Resumo: Objetiva-se no presente trabalho, através de pesquisa bibliográfica, entender qual é o espaço ocupado pelo microcrédito na atualidade capitalista brasileira. Para isso, busca-se expor criticamente o microcrédito tendo como ponto de partida sua principal premissa, a saber: a consideração geral segundo a qual esse tipo de crédito é tomado como uma política social de combate à pobreza, de geração de trabalho e renda, de inclusão social e de promoção de direitos de cidadania. Procura-se problematizar as bases teóricas, ideológicas e concretas desse conjunto de noções, de tal modo que se possa não somente descrever o microcrédito, mas dar-lhe significado em função do capitalismo no Brasil. Apresenta-se, assim, noções teóricas a respeito da pobreza e do empreendedorismo, informações sobre o mercado de trabalho nacional nos últimos anos e, especificamente, sobre os donos de negócio do País, algumas concepções liberais sobre a realidade social que permitiram estruturar e consolidar a ideia de combate à pobreza e geração de trabalho e renda por meio de microcréditos e, por fim, elementos relativos à formação brasileira que serviram de base concreta às políticas de microcrédito na atualidade. Conclui-se que o microcrédito, apesar de aparecer como ferramenta de combate à pobreza e geração de trabalho e renda, permite, em essência, gerir, pelo menos, parte da classe proletária sobrante do mercado de trabalho nacional atual.