Práticas de ensino bilíngue na educação de jovens e adultos: narrativas de um estudante surdo
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Brasil
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas - CCSAH UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido Programa de Pós-Graduação em Ensino |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://lattes.cnpq.br/4025029204017871 http://lattes.cnpq.br/1018946497616248 https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/8871 |
Resumo: | Hoje, com a aprovação da Lei de Libras, 10.436/2002, fica assegurado ao surdo um ensino de qualidade, com a presença de um intérprete de Libras no âmbito escolar e um ensino bilíngue. Com essa nova perspectiva, muitos surdos que antes foram exclusos desse espaço, têm retornado à escola. Em sua maioria, esses estudantes estão inseridos na Educação de Jovens e Adultos e têm experenciado um novo modelo de ensino. Nessa realidade se insere a EJA da cidade de Caraúbas, interior do Rio Grande do Norte, onde com a chegada do curso de Licenciatura em Letras/Libras, muitos surdos têm voltado para a escola. Diante disso, nos questionamos, como as práticas de ensino bilíngue na educação de jovens e adultos têm contribuído para a aprendizagem de um aluno surdo e para a sua inclusão escolar? Como o aluno percebe as práticas de ensino no atual cenário bilíngue, já superado o modelo educacional segregativo? Diante destas questões, propomos às seguintes investigações nesta pesquisa, trançando como objetivo geral: Analisar que práticas de ensino contribuem para a inclusão e permanência de um estudante surdo na EJA, e como objetivos específicos: identificar que práticas são realizadas na EJA para o ensino a um estudante surdo e evidenciar como essas práticas favorecem a inclusão e permanência de um estudante surdo na EJA. Para tanto, optamos pela pesquisa qualitativa em educação Ludke e André (2015). Quanto ao tipo de pesquisa, nos aportamos na narrativa (auto)biográfica Passegi, (2016), realizada com um estudante surdo, a quem chamaremos pelo nome fictício de Tales. No que se refere aos procedimentos metodológicos, realizamos duas entrevistas narrativas, a partir dos pressupostos de Jovchelovitch e Bauer et al. (2002) com mediação a partir de fichas temáticas Morais, (2012) e análise documental, comum à pesquisa qualitativa. Esta pesquisa está ancorada nas discussões de Goldfeld (2002) e Sacks (1990) dentre outros, para um resgate histórico da educação de surdos; Brasil (2014); Brasil (2020); Ramos (2016), dentre outros, que nos ajudam a compreender como tem se desenhado o ensino inclusivo a partir das políticas educacionais; Tardif e Raymound (2000) e Freire (2018) que nos norteiam a uma reflexão acerca das práticas de ensino; Gadotti (2000), Fávero e Freitas (2011), dentre outros, para tratar da Educação de Jovens e Adultos enquanto modalidade de ensino; Brasil (2000) e Brasil (2010) que trazem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA. Quanto aos achados, a narrativa foi dividida em três categorias temáticas: Escola, Ensino e Ensino Remoto. Ao término dessas três categorias trazidas e temas abordados, percebemos que as práticas de ensino empregadas têm, de fato, gerado um ensino bilíngue e por consequência, garantido que Tales experimente de uma escola inclusiva. No entanto, algumas outras questões precisam ser pensadas, como: qual o real papel da escola frente ao ensino ao surdo? Quais as outras dificuldades de aprendizagem que permeiam a educação de surdos, além das barreiras linguísticas? Estas e outras questões nos levam a enxergar a necessidade de outros encaminhamentos e pesquisas acerca do ensino ao estudante surdo na EJA |