Morfologia da língua do peixe-boi-marinho Trichechus manatus manatus, Linnaeus, 1758 e suas implicações adaptativas na dieta herbívora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Melo, Lucas Inácio dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: CCA
Brasil
Centro de Ciências Agrárias - CCA
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/8843113233262619
https://lattes.cnpq.br/6915729707145795
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11536
Resumo: O estudo morfológico da língua é uma ferramenta interessante na compreensão dos processos evolutivos associados aos hábitos alimentares. Há escassez de informações morfológicas sobre a língua do peixe-boi-marinho das Antilhas (Trichechus manatus manatus). Assim, o objetivo deste estudo foi descrever a morfologia da língua de T. m. manatus para estabelecer um modelo padrão para a espécie, e entender a relação morfológica com a dieta herbívora. Foram realizadas análises de dissecação macroscópica, microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura de sete línguas. A língua apresentou-se como um órgão musculoso e robusto, dividido em ápice, corpo e raiz. Firmemente aderia ao assoalho da cavidade oral. As papilas linguais estavam distribuídas sobre toda a superfície do órgão, identificadas como papilas filiformes, concentradas na região do ápice, papilas fungiformes encontradas nas regiões do ápice e lateral da língua, papilas foliáceas localizadas na porção dorsolateral da raiz da língua. A mucosa revestida por epitélio escamoso estratificado queratinizado, presença de glândulas do tipo tubuloacinares compostas, além de botões gustativas nas papilas foliáceas. Esta disposição das papilas gustativas está intimamente relacionada a adaptações para a dieta herbívora, pois irão apresentar as papilas mecânicas no ápice e papilas com percepção química pelos botões gustativos na porção de raiz, com presença de glândulas por toda a língua, possuindo pouca ou quase nenhuma percepção química. Em conclusão, a língua do peixe-boi-marinho das Antilhas foi semelhante às outras espécies da ordem Sirenia, os quais compartilham de uma dieta principalmente herbívora.