Estabilidade hematológica e bioquímica em função do tempo e condições de conservação em bovinos (Bos taurus) e sua importância para a produção animal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 0023
Autor(a) principal: Costa, Priscila Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: CCA
Brasil
Centro de Ciências Agrárias
UFERSA
Universidade Federal do Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Produção Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/3820982476384228
http://lattes.cnpq.br/8777906476948673
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11569
Resumo: A bovinocultura é um dos segmentos do agronegócio de relevante destaque na economia nacional, sendo o Brasil possuidor do segundo maior rebanho bovino do mundo. Para uma melhor produção e segurança dos produtos de origem animal, faz-se necessário a avaliação do estado de saúde dos animais através de exames clínicos e hematológicos. Fatores críticos durante a fase pré-analítica podem comprometer a estabilidade da amostra e interferir nas concentrações dos elementos analisados. Dessa forma, a pesquisa objetiva avaliar a estabilidade dos parâmetros hematológicos e bioquímicos em função do tempo e temperatura. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Bem-Estar Animal da Universidade Federal Rural do Semiárido (CEUA-UFERSA), sob o parecer nº 18/2021. A pesquisa foi conduzida em uma propriedade situada na zona rural do município de Mossoró, e no setor de bovinocultura da UFERSA, Campus Mossoró, sendo utilizados 45 bovinos hígidos, adultos, sem raça definida e Holandesa, machos ou fêmeas. As amostras de sangue total foram colhidas por venopunção jugular ou veia mamária, utilizando tubos contendo o anticoagulante ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) e tubos contendo ativador de coagulação. As amostras de sangue total foram submetidas à análise em analisador hematológico automatizado e hematoscopia, sendo realizadas em cinco momentos. As amostras foram armazenadas sob refrigeração (2-8 ºC), e para cada um dos tempos de conservação, foram analisadas 10 amostras. As amostras destinadas às provas sorológicas foram centrifugadas por cinco minutos para retração do coágulo, aliquotadas, distribuídas e acondicionadas em microtubos para conservação em diferentes condições de temperatura e tempos de armazenamento, sendo 15 amostras para cada grupo, em 9 períodos de avaliação. Foram mensuradas as concentrações séricas de colesterol total, triglicérides, proteína total e frações, creatinina, ureia e a atividade sérica das enzimas aspartato aminotransferase, gama-glutamil transferase e creatina quinase, nos diferentes momentos, utilizando-se kits comercialmente disponíveis e as leituras realizadas em aparelho analisador bioquímico automático. Quanto à análise hematológica, observou-se variação na estabilidade dos eritrócitos, hemoglobina, hematócrito e leucócitos totais ao longo do tempo e temperatura de estocagem, principalmente 24 horas após a coleta. Na hematoscopia, foi possível observar presença de agregados plaquetários e crenação das hemácias ao longo do tempo de armazenamento. Quanto às dosagens séricas, verificou-se estabilidade maior em temperatura de refrigeração e congelamento ao longo do período de análise, para a maioria dos analitos. Sendo assim, faz-se necessário que as análises hematológicas sejam realizadas em até 24 horas após a coleta, acondicionadas em tubo contendo EDTA em quantidade equivalente à quantidade de sangue, e as amostras destinadas às mensurações bioquímicas sejam realizadas em até 36 horas após a coleta, em temperatura ambiente (para GGT, triglicérides, colesterol, ureia e creatinina) ou até 24 horas após a coleta em temperatura ambiente (para AST e CK)