Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
BENASSI, Rafael Bitencourt
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Orientador(a): |
MARTINS, Fabrina Bolzan
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Itajubá
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Meio Ambiente e Recursos Hídricos
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Departamento: |
IRN - Instituto de Recursos Naturais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/2312
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Resumo: |
A 21ª Conferência das Partes, realizada na cidade de Paris em 2015, estabeleceu um novo acordo internacional, conhecido como Acordo de Paris, com o objetivo principal de manter o aquecimento global abaixo de 2°C e envidar esforços para limitar esse aumento a 1,5°C, em relação aos níveis pré-industriais. No entanto, mesmo que os limiares previstos no Acordo de Paris sejam atingidos, vários impactos no sistema climático ainda são inevitáveis, principalmente em escala local, podendo gerar novas vulnerabilidades e ampliar aquelas já existentes. Nesse sentido, os objetivos desta dissertação de mestrado foram: a) analisar os padrões climáticos regionais da temperatura do ar próximo à superfície e da precipitação sobre a América do Sul (AS), decorrentes do aumento da temperatura média global em 1.5ºC e 2,0ºC quando comparado com o período pré-industrial; e, b) analisar os impactos nos extratos do balanço hídrico climatológico (Evapotranspiração Real, Deficiência Hídrica e Excedente Hídrico), e as consequências na aptidão ao cultivo de eucalipto na AS. Como resultados principais, destaca-se que o limiar de aquecimento regional de 1.5°C e 2°C será atingido primeiramente, na área central do continente sul-americano. Sobre os padrões de precipitação, destaca-se que a região Sul do Brasil, litoral norte da região Nordeste brasileira, norte da Argentina, Uruguai e partes do Peru, do Equador, da Colômbia e da Venezuela serão afetadas com aumento da precipitação média anual, em até 100 mm ano-1, no período em que se projeta os limiares de aquecimento médio global em 1,5°C e 2°C. Tal resultado irá desfavorecer o cultivo de eucalipto em 49,2% e 56,8% do continente da América do Sul, no período de aquecimento de 1,5°C e 2°C, respectivamente. No Brasil, apenas a região Sul e parte do Sudeste serão adequadas ao cultivo de eucalipto, considerando a disponibilidade de água. Para as demais regiões, principalmente no Centro-Oeste e Norte do Brasil e o centro-norte da Argentina, o cultivo do eucalipto será afetado negativamente, de modo que medidas de mitigação e estratégias de adaptação serão necessárias, como a utilização de espécies (híbridas e alteradas geneticamente) e o uso de irrigação, os quais representariam um grande adicional aos custos de operação e de manejo florestal. |