As consequências do aumento de temperatura para a distribuição, tamanho e morfologia dos caranguejos-chama-maré.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: De Grande, Fernando Rafael
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204183
Resumo: O aumento de temperatura em consequência das mudanças do clima vem causando alterações globais na distribuição territorial, fenologia e fisiologia dos organismos. Espécies estruturadoras de habitats poderão ampliar sua faixa de distribuição territorial e alcançar maiores latitudes devido ao aumento de temperatura, podendo exercer efeitos negativos sobre as populações nativas. Além disso, as espécies estruturadoras de habitats podem ainda apresentar respostas térmicas como, por exemplo, alterações de seu tamanho corporal ou alterações na ocupação de microhabitats que poderão alterar a dinâmica de funcionamento das comunidades biológicas. Os caranguejos-chama-maré são espécies estruturadoras de habitats as quais poderão apresentar alterações de distribuição latitudinal e de suas funções ecológicas em função do aumento de temperatura. Considerando a importância ecológica dos caranguejos-chama-marés nos ambientes costeiros, a ampla distribuição geográfica em que ocorrem ao redor do planeta e a responsividade deles à variação térmica, nós poderíamos elenca-los como possíveis organismos-modelo para entendermos os efeitos das mudanças do clima. Em meu doutorado, defendo a tese que o aumento de temperatura provocado pelo aquecimento global afetará a ecologia e fisiologia dos caranguejos-chama-maré da América do Sul. No primeiro capítulo avaliei se os limites de distribuição latitudinal dos caranguejos-chama-maré na América do Sul são definidos pela diminuição gradativa da temperatura da água do mar. No segundo capítulo, avaliei se a variação latitudinal de tamanho do caranguejo-chama-maré Leptuca uruguayensis é causada pela variação de temperatura do ar. Por fim, no terceiro capítulo, eu avalio se os machos de L. uruguayensis com quelípodos regenerados (leptochelous) e não regenerados (brachychelous) apresentam diferenças na habilidade de termorregulação, e se tal habilidade pode explicar a distribuição diferencial desses morfotipos entre micro habitats vegetados e não vegetados.