Avaliação de Alternativas para Reabilitação de Lagos Urbanos: O Caso da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte – MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Furtado, Ana Paula Fernandes Viana lattes
Orientador(a): Monte-Mor, Roberto Cezar de Almeida lattes
Banca de defesa: Morais, Anderson de Assis lattes, Silva, Talita Fernanda das Graças lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: PPG - Programas de Pós Graduação - Itabira
Departamento: PPG - Programas de Pós Graduação - Itabira
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/2367
Resumo: A Lagoa da Pampulha é um lago artificial localizado na cidade de Belo Horizonte e que vem sofrendo há décadas com problemas de eutrofização e de assoreamento. Há quase 20 anos diversas ações vêm sendo implementadas, buscando promover a reabilitação do lago. Contudo, a Lagoa da Pampulha ainda apresenta sinais de degradação. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a importância das melhorias sanitárias, ambientais e urbanísticas, implementadas na bacia hidrográfica, no processo de reabilitação da Lagoa da Pampulha. Para isso, foram realizados cálculos para estimar as cargas de fósforo total (PT) e de sólidos suspensos totais (SST) aportadas entre os anos de 2016 e 2017 à Lagoa da Pampulha, a partir de dados de monitoramento hidrológico e de qualidade de água. Adicionalmente, foram realizadas simulações no Storm Water Management Model – SWMM para avaliar a produção de cargas de PT e SST em cenários hipotéticos. O cenário conservador propôs a redução de 50% dos lançamentos de esgoto sanitários nos cursos d’água e aumento de 30% e 10% na área de mancha urbana e de solos não vegetados, respectivamente, na bacia hidrográfica. Em um cenário otimista, foi proposta a redução de 95% dos lançamentos de esgoto e uma redução de 50% dos solos não vegetados. Por fim, foram analisados os impactos das cargas estimadas e simuladas na Lagoa da Pampulha por meio de análises dos Índices de Estado Trófico (IET) e da Taxa de Assoreamento (TA). Segundo resultados obtidos, entre outubro de 2016 e setembro de 2017, cerca de 38 toneladas de PT e, cerca de 3.000 toneladas de SST foram despejadas na Lagoa da Pampulha. Os resultados das simulações no SWMM indicaram que, mesmo com a implantação das melhorias propostas, as cargas aportadas à Lagoa da Pampulha pelo escoamento superficial mantiveram-se elevadas, variando de cerca de 23.000 a 13.000 ton/ano para os cenários conservador e otimista, respectivamente. Tanto as cargas estimadas quanto as cargas simuladas foram traduzidas em IET superiores a 70, com classificação hipereutrófica para a Lagoa da Pampulha, associada a um severo processo de eutrofização. Essa avaliação permitiu inferir que as melhorias das condições sanitárias e de ocupação do solo da bacia hidrográfica, apesar de serem essenciais no processo de reabilitação de lagos, não serão capazes de, em médio e curto prazo, reverter a condição de eutrofização da Lagoa da Pampulha, necessitando ser associadas a outras técnicas de tratamento. Os resultados dos cálculos e simulações da produção de SST indicaram TA de cerca de 7.000 a 5.000 m3/ano, valores que destoaram das taxas obtidas por meio de topobatimetrias, superiores a 100.000 m3/ano. Assim, não foi possível, neste trabalho, relacionar a carga de SST no processo de assoreamento da Lagoa da Pampulha.