Violência doméstica e a perspectiva masculina: tecnologias disponíveis e possíveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: MASSELLI, Roberta Mendonça Carlos lattes
Orientador(a): SOUZA, Antônio Carlos Zambroni de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade
Departamento: IRN - Instituto de Recursos Naturais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3916
Resumo: feminino. Contudo, a gravidade, complexidade e interdisciplinaridade que envolve o tema exige muito mais esforço para busca de recursos, de todas as áreas científicas, que possam diminuir a incidência do fenômeno que sustenta uma cultura construída e estruturada num modelo socioeconômico pautado no patriarcado, no racismo e na desigualdade. Por não se tratar de um problema limitado ao âmbito doméstico e familiar, mas de uma sociedade formada e construída em uma cultura de violência, o presente estudo busca conhecer o contexto da violência doméstica e familiar contra a mulher – VDFM, na cidade de Itajubá, e entender o que é necessário para construir tecnologia de combate à VDFM, tomando-se por base não apenas a perspectiva feminina, mas também a masculina, a partir de entrevistas realizadas na cidade de Itajubá, com 10 (dez) homens autores de violência – HAV – e de 30 (trinta) mulheres denunciantes, no ano de 2022 e 2023, bem como pretende listar algumas tecnologias e dispositivos desenvolvidos para o combate da VDFM que possam ser utilizados para ampliar o acesso à rede de enfrentamento e prevenção da VDFM. A pesquisa é caracterizada como um estudo de caráter quali-quantitativo com objetivo exploratório, sendo dividida em 4 etapas: (1) pesquisa bibliográfica para estabelecer os conceitos utilizados no trabalho para violência, VDFM e tecnologias; (2) levantamento de dados junto à Polícia Militar (PM), canais de denúncia para o enfrentamento do problema, por meio de método quantitativo e de tecnologias disponíveis em estudos selecionados junto ao banco de dados da CAPES, INPI e lojas de aplicativos de smartphones; (3) aplicação de questionário junto ao grupo reflexivo de homens autores de violência (GHAV), no âmbito de Itajubá, a partir do estudo elaborado por Beiras et al. (2021), a fim de apurar o cumprimento das diretrizes e recomendações elencadas e (4) realização de entrevista semiestruturada, com perguntas abertas baseadas pela obra de bell hooks (2020) que apurou e avaliou a percepção de 10 (dez) HAV sobre sua realidade e sobre o contexto de violência e com 30 (trinta) mulheres vítimas/denunciantes expuseram a percepção sobre o fenômeno e sobre as tecnologias que conhecem para prevenir e combater a VDFM. Quanto ao raciocínio lógico adotado, durante todo o trabalho, utilizou-se o método dialético, decorrente do processo de debate, discussão e argumentação do problema posto, com abordagem interdisciplinar, a fim de apurar o contexto social sobre as relações de poder entre homens e mulheres, ocasião em que se verificou as consequências relacionadas à prática de violência em detrimento das mulheres e permitiu pensar novas possibilidades tecnológicas, com parceiros atuantes na área, que podem ampliar o acesso à informação e às políticas públicas existentes.