“A gente cuida da terra e a terra cuida da gente”: uma análise sobre o coletivo de mulheres raízes da terra do Quilombo Campo Grande

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: JAIMES, Mariana Neves lattes
Orientador(a): PEREIRA, Viviane Guimarães lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade
Departamento: IRN - Instituto de Recursos Naturais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
MST
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3541
Resumo: O Coletivo de mulheres Raízes da Terra é uma auto-organização do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem-terra pertencente à área de assentamentos e acampamentos populares denominada Quilombo Campo Grande, localizada em Campo do Meio-MG. O Coletivo surgiu para contribuir com a autonomia e geração de renda das mulheres do MST em 2011 e, desde então, tem se organizado entre diversas atividades, sendo o cultivo de ervas medicinais e a produção de fitoterápicos, por meio da horta coletiva, uma delas. Nesse contexto, a presente pesquisa teve como objetivo analisar as práticas e dinâmicas construídas pelo Coletivo de mulheres Raízes da Terra em relação às expressões do cuidado, por meio de técnicas de observação participante. As mulheres, devido a uma série de condicionantes históricos e sociais, têm ocupado o lugar de responsáveis pela sustentabilidade da vida. Essa responsabilidade é analisada de distintas maneiras dentro da literatura feminista. A partir da reprodução social, foi realizado uma análise sobre os significados do cuidado desenvolvidos pelas mulheres. Chegou-se à conclusão de que as mulheres do Raízes da Terra desenvolvem outras sociabilidades, diferentes das hegemônicas, por conta da inserção no Movimento Social e no contexto do trabalho coletivo de base agroecológica. O cuidado, entre as mulheres pesquisadas, é estendido para a comunidade, para a natureza e para si próprias. Neste sentido, espera-se contribuir com a compreensão do trabalho de “sustentabilidade da vida” no contexto das mulheres camponesas e sem-terra, além de identificar elementos dessa relação que contribua para o melhor desenvolvimento da sociedade, pautado pela vida.