As intersecções entre desenvolvimento, autoritarismo e democracia no Brasil contemporâneo (2013-2019)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: COSTA, Lincoln Felipe Salomon lattes
Orientador(a): RODRIGUES, Rogério lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade
Departamento: IRN - Instituto de Recursos Naturais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3076
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo compreender como um modelo de desenvolvimento ancorado em uma democracia de liberdade restrita pode contribuir para a formação e, principalmente, para a visibilidade de um sujeito autoritário no Brasil contemporâneo. Para tanto, faremos uso do método filosófico na perspectiva do materialismo histórico dialético no sentido de analisar as relações que se apresentam no tema em questão, buscando refletir sobre os problemas propostos considerando seu vínculo com a estrutura do capitalismo. Buscaremos analisar as relações estabelecidas entre desenvolvimento, autoritarismo e democracia, mapeando exemplos entre os anos de 2013 e 2019, para então entender como essas categorias se relacionam no âmbito da sociedade brasileira. Consideramos que o modelo de desenvolvimento hegemônico centrado na acumulação sem restrições de capital e a expansão tecnológica estão estreitamente vinculados a práticas que corroboram para o recrudescimento de ações autoritárias em países periféricos e semiperiféricos da América Latina, sendo o foco deste trabalho o Brasil. Um modelo de democracia de caráter restrito atua como mecanismo de manutenção e fortalecimento do autoritarismo, assim como na manutenção dos privilégios de uma minoria política e econômica. Grupo esse que utiliza discurso democrático para a manutenção e o recrudescimento de um modelo de desenvolvimento que acentua as desigualdades no Brasil, com medidas que minam direitos e liberdades substantivas da grande maioria da população, sob o véu da preservação da democracia. Aliado a isso, o Brasil tem particularidades históricas como o mandonismo, patriarcalismo, intolerância de gênero e o racismo estrutural que são condicionantes dos modos de agir e pensar do brasileiro. O autoritarismo e o modelo restrito de democracia aqui abordado, não são polos opostos, mas complementares e que estão em consonância com o modelo de desenvolvimento capitalista neoliberal.