Modelo de simulação híbrida para implantação de bicicleta compartilhada como alternativa ao transporte público

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: PESSOA, Daniel de Oliveira lattes
Orientador(a): LIMA, Renato da Silva lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Engenharia de Produção
Departamento: IEPG - Instituto de Engenharia de Produção e Gestão
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/4076
Resumo: As capitais brasileiras estão classificadas entre as cidades com os piores índices de tempo gasto no trânsito. Este cenário é amplamente influenciado pelo uso predominante de automóveis individuais no país, o que contribui para um sistema de transporte público menos eficiente, especialmente em trajetos curtos. Embora o transporte público seja uma alternativa viável para aliviar o excesso de veículos em circulação, o tempo de deslocamento torna essa opção pouco atrativa. Assim, para deslocamentos de curta distância, conhecidos como “última milha”, as bicicletas compartilhadas surgem como uma alternativa promissora para a redução do tempo de viagem dos usuários, podendo ser integradas ao sistema de transporte público para deslocamentos maiores nos grandes centros urbanos. De modo a compreender esse potencial, a simulação mostra-se como uma metodologia capaz de trazer uma representação virtual do ambiente, possibilitando a realização de alterações sem que seja necessária a intervenção física no sistema. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi desenvolver e aplicar um modelo de simulação híbrida para a análise de sistemas de transporte urbano com bicicletas compartilhadas. Com o modelo, foi possível não apenas mensurar os benefícios proporcionados por esses sistemas, mas também assessorar o processo de tomada de decisão para a implantação de novas estações e melhorias na infraestrutura urbana. O modelo proposto adota uma abordagem híbrida, isto é, aplicando em conjunto a Simulação Baseada em Agentes (SBA) e a Simulação de Eventos Discretos (SED), como objeto de estudo a Região central da cidade de Belo Horizonte, MG (Região do Contorno). Para a etapa de construção do modelo computacional, foi utilizado o software AnyLogic, com o qual, foi possível a simulação de nove cenários distintos, considerando variações nas velocidades dos ônibus e bicicletas, bem como a presença ou ausência de ciclofaixas, condições climáticas e níveis de tráfego. A validação do modelo envolveu a coleta de dados em campo via GPS, relativos à velocidade, localização, tempo e elevação dos deslocamentos de bicicleta na região de estudo. Testes de significância indicaram que as médias dos dados simulados e reais são estatisticamente equivalentes, validando assim o modelo computacional desenvolvido. Ao final da simulação, foi possível obter os tempos de deslocamento em cada tipo de transporte. A análise comparativa entre as modalidades revelou uma significativa vantagem na implantação de bicicletas compartilhadas: em curtas distâncias, a redução no tempo de percurso com o uso da bicicleta foi de até 61% em comparação ao ônibus. No entanto, é necessário destacar que a opção por esse modo de transporte ativo demanda esforço físico, o que pode ser um fator limitante para alguns usuários.