Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
MELO, Ronaldo Ribeiro de |
Orientador(a): |
ANDRADE, Maurício Oliveira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38688
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Resumo: |
Esta dissertação tem o objetivo verificar quais são as relações entre os conceitos de mobilidade sustentável e os efeitos decorrentes da utilização de sistemas de transporte compartilhados, observando como e se esses conceitos se aproximam. Para isso é utilizada a análise de regressão linear clássica, aplicação do Índice de Moran Bivariado Local, com o objetivo de observar correlações locais que diferem do modelo de regressão, e análise de cluster com o método K-means, buscando verificar como os transportes compartilhados se comportam em um mesmo espaço urbano. O movimento da mobilidade compartilhada vem ganhando espaço no mundo nos últimos anos, apesar disso, poucas cidades levam em consideração os transportes compartilhados em seus planos de mobilidade. Esses planos, em sua maioria, são baseados em conceitos e diretrizes da mobilidade sustentável que visam promover uma mobilidade mais justa, verde e produtiva. Ambos os movimentos têm características diversas, enquanto a mobilidade compartilhada visa atingir a eficiência através da ampliação da liberdade do usuário e da relação entre oferta e demanda nas infraestruturas, a mobilidade sustentável visa a eficiência levando em consideração a coletividade e um plano integrado entre transportes e uso do solo, coordenado pelo Estado. Assim, faz-se necessário verificar qual a relação entre ambos os movimentos e de que maneira seus conceitos e diretrizes podem ser coordenados para promover uma mobilidade sustentável e que amplie sua acessibilidade. Para responder a essa questão, este trabalho irá verificar a relação entre a demanda de transportes compartilhados (ridesourcing, bicicleta compartilhada e carro compartilhado) e as variáveis de uso do solo, infraestrutura de transportes e acessibilidade. Poucos são os estudos que relacionam os transportes compartilhados com variáveis de infraestrutura, acessibilidade e uso do solo, mais incipiente ainda é a análise integrada desses transportes e suas relações com a mobilidade sustentável no contexto Sul Americano, assim este estudo pretende preencher esta lacuna. Entre os resultados encontrados verificou-se que a bicicleta compartilhada tem relação convergente com a mobilidade sustentável por promover viagens de microacessibilidade, de última milha, e estimular a utilização de transportes ativos. Por outro lado, o programa no Recife está inserido apenas em 26 bairros, excluindo grande parte da população da cidade. Já o ridesourcing converge para a mobilidade sustentável por ampliar a acessibilidade daqueles que não podem pagar por um carro e por contribuir para a diminuição da propriedade do carro, principalmente entre os bairros de uso predominantemente misto. Porém, divergem por apresentar indícios de competição com o transporte público, usuários de alta renda terem mais acesso à alternativa, e comunidades nas periferias da cidade terem participação incipiente na demanda. Por fim, a demanda de carro compartilhado apresenta correlação positiva com polos geradores de viagem e população, convergindo para a sustentabilidade econômica do sistema. Logo se percebe que são necessárias políticas públicas para maximizar a utilidade desses transportes e ampliar suas áreas de atuação de acordo com o contexto urbano. |