Obtenção e caracterização da polpa de cumbeba em pó pelos métodos de secagem por aspersão e liofilização.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: LISBÔA, Jemima Ferreira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28094
Resumo: A cumbeba (Tacinga inamoena) é uma das mais representativas espécies de cactaceas do semiárido Nordestino, e tem ganhado destaque pelo considerável teor de compostos fenólicos e potencial antioxidante. Diante o exposto, objetivou-se com esse trabalho estudar a polpa de cumbeba in natura e em pó, obtido por secagens utilizando os processos de aspersão e liofilização, e caracterizar os materiais antes e após o processamento. Para alcançar os objetivos, o trabalho foi dividido em quatro etapas (artigos). O primeiro artigo aborda o estudo da caracterização físico-química dos frutos in natura, assim como também o potencial antioxidante da polpa de cumbeba pelo método de captura de radicais livres: DPPH e ABTS avaliadas por meio de diferentes extratos. O segundo artigo corresponde a caracterização das polpas formuladas e o processo de secagem por aspersão e liofilização da polpa de cumbeba utilizando diferentes concentrações do adjuvante de secagem (maltodextrina). No terceiro artigo foram analisadas as propriedades físicas dos pós, incluindo o MEV. No quarto artigo avaliou-se a capacidade antioxidante, perfil de fenólicos, cinética de degradação dos fenólicos totais, perfil de minerais, fibra bruta e isotermas do pó de cumbeba obtido por aspersão na temperatura de 150°C com 10% de maltodextrina. A cumbeba apresentou bom potencial em sequestrar radicais livres com extrato metanol-acetona pelo método de DPPH e ABTS com (EC50 igual a 7,54g de polpa/g de DPPH e 426,1 μmol de Trolox/100g polpa) e elevados valores de fenólicos totais (63,46 mg/100g) e de flavonoides (13,68 mg/100 g). A liofilização resultou em amostras com maior porosidade e menor ângulo de repouso. Maiores proporções do adjuvante de secagem resultaram em maiores valores de molhabilidade, menor higroscopicidade, menores densidades aparente, compactada e real. As amostras secadas por aspersão a 150º C e com 10% de maltodextrina apresentaram melhor fluidez. O elemento químico presente em maior quantidade no pó selecionado foi o potássio (K), correspondendo a 1227,40 mg/100g. Os métodos de avaliação da atividade antioxidante (DPPH e ABTS) foram satisfatórios confirmando a correlação positiva com o conteúdo de compostos fenólicos totais. O perfil de fenólicos do pó de cumbeba foi analisado por HPLC, que identificou 28 compostos fenólicos, entre os destaques os ácidos, gálico e caftárico, a hesperidina e a catequina. Na cinética de degradação dos compostos fenólicos o modelo de ordem zero descreveu satisfatoriamente a reação de degradação com o tempo, os tempos de meia vida situaram-se entre 12,95 dias na temperatura de 35º C e 15,75 dias em temperatura de 15º C. As isotermas de adsorção de água nas temperaturas 20, 30 e 40 °C se classificaram como do tipo III e, dos modelos utilizados para ajuste, o de Peleg apresentou os melhores coeficientes de determinação e os menores erros médios relativos. De modo geral, o fruto de cumbeba possui elevado potencial nutricional e compostos bioativos, possuindo potencial para utilização na alimentação humana.