Desenvolvimento de cimentos de ionômero de vidro dopados com biocerâmicas de fosfatos de cálcio.
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7252 |
Resumo: | Os Cimentos de Ionômero de Vidro (CIVs) são materiais amplamente utilizados na odontologia por apresentarem liberação de flúor, adesão química ao substrato dental e expansão térmica semelhante à estrutura dental. A limitação de seu uso se dá pela sua baixa resistência mecânica quando comparados com outros materiais restauradores. Visando melhorar as propriedades biomecânicas destes materiais, é proposta a inclusão de partículas bioativas, como as biocerâmicas de fosfatos de cálcio. A hidroxiapatita (HA, Ca10(PO4)6(OH)2), é um tipo de fosfato de cálcio largamente utilizado para fins biológicos por sua semelhança com a fase mineral dos ossos e dentes, possuindo excelente afinidade química e biológica com estes tecidos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de Cimento de Ionômero de Vidro experimental e avaliação do efeito da incorporação de HA neste material em diferentes proporções (5% e 12% em peso), análise comparativa das propriedades físico-químicas, mecânicas e biológicas em relação a um CIV comercial (grupo controle). Para a proposição do cimento experimental foi realizada uma mistura dos reagentes (SiO2, Al2O3 , CaF2 , AlF3, AlPO4) para compor a parte sólida; e para a parte líquida foi obtida uma solução aquosa com os poliácidos (C3H4O2; C4H6O6; H2CCH2C(=CH2)CO2H). Após obtenção do cimento experimental foram realizadas as caracterizações através das técnicas: Difratometria de raios X (DRX), Espectroscopia na Região do Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectrometria por Energia Dispersiva de raios X (EDS), Molhabilidade por ângulo de contato e Avaliação da viabilidade celular dos macrófagos. Ensaios mecânicos de microdureza, resistência à flexão e compressão também foram realizados. Os resultados deste estudo indicam que: nos difratogramas de raios X o cimento experimental apresentou aumento na cristalinidade em relação ao grupo controle, porém houve redução na cristalinidade com a incorporação de 5% de HA. Nos espectros de FTIR foi observado que o acréscimo de HA no cimento experimental não alterou de forma significativa o perfil químico característico deste material. O estudo microestrutural do cimento experimental evidenciou que não houve uma adequada interação partícula/matriz polimérica, devido provavelmente ao diferente modo de processamento empregado para o preparo do pó de vidros; entretanto, a inclusão de diferentes proporções de HA não alterou o perfil microestrutural dos compósitos analisados. Os resultados obtidos de ângulo de contato evidenciaram que os cimentos experimentais apresentaram maior capacidade de molhamento. Na avaliação da viabilidade celular todos os cimentos analisados foram considerados não citotóxicos e a inclusão de HA não alterou a reposta celular destes materiais. Nos ensaios mecânicos, o cimento experimental apresentou maior microdureza em relação ao grupo controle, sem alterações significativas com a inclusão de HA. A resistência flexural do cimento experimental aumentou com o acréscimo de hidroxiapatita; assim também como nos ensaios de resistência à compressão, o cimento experimental exibiu o maior módulo de elasticidade dentre os materiais analisados, consistindo numa alternativa de um biomaterial restaurador com propriedades adequadas para a clínica odontológica. |