Doenças do sistema digestório de caprinos e ovinos no Semiárido do Brasil.
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25434 |
Resumo: | Esta dissertação consta de um estudo sobre as enfermidades do sistema digestório de caprinos e ovinos (Capítulo I) e um relato sobre indigestão vagal em caprino (Capítulo II). Para o estudo das enfermidades foram revisadas as fichas dos caprinos e ovinos atendidos na Clínica Médica de Grandes Animais (CMGA) e os registros do Laboratório de Patologia Animal (LPA) do Hospital Veterinário (HV) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2011. Foram registrados 2.144 atendimentos em pequenos ruminantes, dentre eles 512 (23,9%) casos foram de afecções digestivas, sendo 367 (71,7%) em caprinos e 145 (28,3%) em ovinos. As helmintoses e a coccidiose foram as enfermidades de maior ocorrência, 64,45% dos casos diagnosticados (330/512). Os distúrbios da cavidade ruminoreticular (acidose ruminal, indigestão simples, timpanismo e compactação ruminal) somaram 94 (18,4%) casos. O abomaso foi acometido primária e secundariamente por úlceras; casos de obstruções e compressões no trato gastrointestinal foram observados. Malformações, como atresia anal e fenda palatina, foram registradas, sendo esta última associada à ingestão de Mimosa tenuiflora (jurema preta). Entre as doenças infecciosas foram observados cinco casos de ectima contagioso, dois casos de paratuberculose e dois casos pitiose gastrintestinal. Em sete casos a suspeita foi enterotoxemia e trinta e um casos tiveram o diagnóstico de enterite inespecífica. A falta de um controle integrado de parasitos e a utilização de alimentos inadequados no período de escassez de forragens contribuíram para a ocorrência de grande parcela das enfermidades. Para o relato da Indigestão Vagal foram descritos os sinais clínicos, os achados observados em laparorruminotomia exploratória e na necropsia. Os sinais clínicos foram apatia, perda de peso, desidratação, bradicardia, distensão e hipermotilidade ruminal. Na laparorruminotomia observou-se aderências entre a parede abdominal e a extremidade cranial do saco dorsal do rúmen. Na necropsia foram visualizadas aderências da pleura visceral do fígado ao diafragma e do omento no omaso e abomaso. Abscessos em órgãos como fígado e baço também foram observados, sugerindo que ramos do nervo vago foram envolvidos no processo inflamatório ocasionando quadro semelhante à Síndrome de Hoflund em bovinos. |