Epidemiologia dos acidentes ofídicos, Estado do Ceará, Brasil (2007-2013).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: BELMINO, José Franscidavid Barbosa.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Educação e Saúde - CES
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS E BIOTECNOLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1246
Resumo: Os casos de acidentes ofídicos são um problema de saúde pública para países de regiões tropicais. O presente estudo é uma investigação retrospectiva que descreve e analisa as características epidemiológicas dos casos de acidentes ofídicos no Estado do Ceará, Brasil, de 2007 a 2013. Os dados foram coletados na Secretaria Estadual de Saúde do Ceará, utilizando a base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram analisados um total de 4 058 casos. Os acidentes foram distribuídos em todos os meses dos anos, ocorrendo com maior frequência entre os meses de março (n = 437) a julho (n = 479). A maioria dos casos afetou homens (n = 3 275), na faixa etária entre 20 e 29 anos (n = 696), com baixo nível de escolaridade (n = 1 821), pardos (n = 2 729), residentes (n = 3 327) e trabalhadores (n = 1 360) rurais. Os casos ocorreram predominantemente na zona rural (n = 3 623) e sem relação com o trabalho (n = 1 984). O gênero Bothrops foi responsável pelo maior número de casos (n = 3 319). O pé foi região do corpo mais atingida pelas picadas (n = 2 027). A maioria das vítimas foi atendida entre 1 e 3 horas após o acidente (n = 1 718). Ocorreram mais manifestações locais (n = 3 468) que sistêmicas (n = 785). O sintoma local mais frequente foi dor (n = 3 211) e o sistêmico foram as manifestações hemorrágicas (n = 262). A maior parte dos acidentes foram classificados como leve (n = 2 463) e evoluíram para cura (n = 3 564). A soroterapia foi administrada na maioria dos casos (n = 3 534). Os acidentes ofídicos no Estado do Ceará pode ser considerado um problema de saúde pública. Treinamento adicional para os profissionais de saúde parecem ser necessários para aprimorar a sua capacidade para coletar os dados epidemiológicos, bem para melhorar o atendimento as vítimas dos acidentes ofídicos.