Caracterização de méis da região do Baixo Jaguaribe-CE.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: SILVA, Kelly de Fátima Nogueira Lima.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4095
Resumo: Foram caracterizados méis (Apis mellifera) em sete municípios da região do Baixo Jaguaribe – Ceará, determinando-se a umidade, hidroximetilfurfural (HMF),açúcares redutores, sacarose aparente, cinzas, acidez livre, pH, sólidos insolúveis em água, atividade diastásica e a viscosidade em cinco temperaturas (20, 25, 30, 35 e 40ºC). O mel oriundo do município de Limoeiro do Norte foi armazenado durante 180 dias em dois tipos de embalagem, plástica e metálica, e suas características foram acompanhadas ao longo do armazenamento por meio dos teores de umidade, HMF, açúcares redutores, sacarose aparente, cinzas, acidez livre, sólidos insolúveis em água, atividade diastásica, pH, oBrix. A umidade e a acidez livre foram determinadas pela metodologia recomendada pelo AOAC. O HMF, os açúcares redutores e a sacarose aparente foram determinados pela metodologia do LANARA. As cinzas, sólidos insolúveis em água e atividade diastásica foram determinadas de acordo com o CAC. As viscosidades foram determinadas utilizando-se um viscosímetro rotativo da marca Brookfield, modelo RVT. Os valores experimentais das viscosidades foram ajustados por equação do tipo Arrhenius, a qual representou adequadamente o efeito da temperatura na viscosidade dos méis, nos três tempos de armazenamento estudados. Observou-se que o tempo de armazenamento não produziu efeito de redução ou aumento sobre as viscosidades, ao contrário da temperatura, que provocou reduções de viscosidade em todos os casos. Os valores da energia de ativação (Ea) dos méis para os diferentes municípios atingiram uma diferença de 33% entre os municípios de São João do Jaguaribe e Morada Nova. Os municípios que apresentaram, respectivamente, as maiores e as menores viscosidades médias foram Tabuleiro do Norte e Morada Nova, com diferenças que atingiram até 68,4%. As análises físico-químicas dos méis nos diferentes municípios apresentaram-se dentro dos padrões estabelecidos pela legislação Nacional e do Mercosul, exceto para o HMF (em todos os municípios com exceção de Alto Santo); quanto à acidez livre, os municípios de Limoeiro do Norte, Aracati e Quixeré apresentaram valores fora dos padrões. Quanto à análise estatística destes parâmetros, os açúcares redutores e sacarose aparente não diferiram estatisticamente entre os municípios; porém o HMF, cinzas, pH, atividade diastásica e acidez livre diferiram estatisticamente ao nível de 1% de probabilidade, enquanto os sólidos insolúveis em água diferiram ao nível de 5% de probabilidade. As análises das amostras armazenadas revelaram que as variáveis físico-químicas se mantiveram dentro dos padrões estabelecidos pela legislação vigente, com exceção do HMF, que aos 180 dias de armazenamento apresentou valores superiores aos exigidos pela legislação nos dois tipos de embalagem. O recipiente plástico proporcionou uma melhor conservação dos seguintes parâmetros: açúcares redutores, HMF, umidade, cinzas e acidez livre. O recipiente metálico preservou melhor a sacarose aparente, os sólidos insolúveis em água e a atividade diastásica.