Riscos e vulnerabilidades- campo petrolífero Canto do Amaro, Mossoró-RN.
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16856 |
Resumo: | A área de pesquisa, o campo petrolífero Canto do Amaro, compreende uma área de aproximadamente 127,37 km2, concentra mais de 1.600 poços de petróleo em exploração no município de Mossoró-RN e encontra-se inserida na Microrregião Geográfica de Mossoró, na porção mais oriental do Nordeste do Brasil, a Bacia Potiguar. O município de Mossoró tem uma área de 2.108,9 km2, com uma população de 213.841 habitantes, com temperaturas, mínimas de 22,5 oC, média e máxima 33,3 oC. O relevo é caracterizado por uma superfície plana com altitude média de 16 metros e a pluviometria média é de 600 mm/ano. A metodologia do trabalho baseou-se na analise e descrição das condições de toda infraestrutura da PETROBRÁS para extração do óleo, definindo-se os riscos ao meio ambiente e à população local. Foram utilizadas imagens de satélite LANDSAT, IKONOS e SPOT para a avaliação da degradação das terras. Na área observaram-se fortes marcas da atividade humana no processo da degradação das terras onde a dinâmica natural tem sido negligenciada. Na avaliação das imagens definiram-se três níveis de degradação das terras: Moderado, Grave e Muito Grave. As exposições de solos nus são, no geral, áreas de empréstimo de terras usadas para construção das bases das estruturas de exploração do petróleo, de estradas, de aterros e outras construções, onde não existem trabalho de conservação e recuperação, e os processos erosivos progridem rapidamente formando-se desde sulcos até voçorocas profundas. Apesar de ser uma área de uso agrícola, com predominância da pecuária extensiva, o principal agente degradador das terras tem sido a exploração petrolífera. Através das imagens de satélite IKONOS foi avaliado a erosão na margem do estuário dos rios Apodi/Mossoró. O processo de erosão observado na área envolve não somente as questões da mudança climática global e geológica, mas mostra ter uma relação direta com as atividades humanas na região, como a exploração do petróleo. Foram coletadas 7 amostras de solos para analise dos riscos à infiltração de óleo, para as quais foram determinados os valores da DTA, que para 57% solos está acima da média de 1,41 mm/cm, e apresentando uma textura franco-arenosa e areia franca para os 43% restantes, cujas DTA foram menores que 0,86 mm/cm. Os testes de infiltração de água/óleo nesses solos mostraram que a VIB da água é alta a muito alta e a do óleo foi de baixa a média. Foram aplicados questionários a 10% das famílias da comunidade para caracterizar o perfil socioeconômico e ambiental da população local. A região está submetida à intensa pressão antrópica em conseqüência das atividades das indústrias petrolífera e salineira e atividades agropastoris. As análises dos diagnósticos mostraram que a vulnerabilidade social global da população é da ordem de 66%, índice considerado inaceitável, que traduz a baixa escolaridade, as precárias condições de moradia, baixa renda, deficiência da infra-estrutura hídrica, a baixa capacidade da percepção ambiental, a degradação das terras, etc. Essa vulnerabilidade é ocasionada pela falta de políticas públicas para o desenvolvimento ambientalmente sustentável, que vise à diminuição dos riscos, com inclusão social e proteção ambiental. Entre outras a pesquisa concluiu que a indústria petrolífera precisa urgentemente tomar medidas para a diminuição dos riscos, pois os solos com textura franco-arenosa e areia franca deixam o lençol freático vulnerável a derrames de óleo, que não são pouco freqüentes na área, como também ser mais rigorosa na observação das normas de proteção na exploração petrolífera. Com relação ao estuário Apodi/Mossoró as estruturas devem ser construídas de modo a não desequilibrar a dinâmica do mesmo. |