Advecção sobre um cultivo de amendoim irrigado.
Ano de defesa: | 1998 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3059 |
Resumo: | Neste estudo são analisados os efeitos da advecção e sua influência sobre um campo de amendoim irrigado na região semi-árida do nordeste brasileiro. A parte experimental desta pesquisa foi conduzida no perímetro irrigado da Estação Experimental da CODEVASF, na cidade de Rodelas - Ba (lat. 08°50'S; long. 38° 46'W; alt. 270m), durante o período de 20 de setembro a 23 de dezembro de 1996. Durante a campanha experimental em três torres micrometeorológicas equipadas com sistemas automáticos de coleta de dados, instaladas ao longo da área de cultivo, foram medidos os seguintes parâmetros: radiação solar global, radiação refletida e radiação líquida; temperatura de bulbo seco, temperatura de bulbo úmido e velocidade do vento a 1 e 2 metros acima da superfície; bem como o fluxo de calor no solo e a evapotranspiração. As observações micrometeorológicas foram efetuadas a cada segundo, as quais, possibilitaram médias de 5 em 5 minutos, enquanto as observações lisimétricas foram realizadas a cada 24 horas e em dois dias da semana horariamente, durante o período de 6 às 18 horas. A cultura usada foi amendoim (Arachis hypogaea L.) cultivar BR-1, plantado numa área de 2 hectares, obedecendo um espaçamento de 0,5m entre fileiras e uma semeadura de cerca de 10 grãos por metro linear. Os resultados mostraram que durante a fase de solo descoberto e início da fase de germinação e crescimento vegetativo, enquanto na primeira metade da área experimental houve advecção de ar úmido, na segunda metade houve advecção de calor sensível. Já nas fases de floração e maturação ocorreu advecção de calor sensível em toda a área cultivada. Observou-se que a área de solo descoberto entre fileiras, contribuiu de forma significativa para geração de advecção local de calor sensível. Por outro lado, a irrigação exerceu forte influência no balanço de radiação, contribuindo para reduzir o albedo médio horário em até 9% e o diário em cerca de 6%. Dependendo do horário de aplicação, a influência da irrigação mostrou-se diferenciada, não só no dia em questão como no dia seguinte. Na fase de maturação a advecção de calor sensível contribuiu para que a evapotranspiração fosse maior do que a energia disponível (Rn) em cerca de 50%. A presença do lago de Itaparica deve ter contribuído para contrabalancear advecção regional de calor sensível, devido a isso, acredita-se que a maior contribuição advectiva resultou mesmo das vizinhanças imediatas do campo experimental. Observou-se que ao não ser considerado para Rn o mesmo período contabilizado para o fluxo de calor latente (evapotranspiração), erros de até 2,2 MJ/m2/dia pode ser cometido, o que pode contribuir para mascarar a ocorrência ou não de advecção. |