Conflitos ambientais e conservação da natureza em propriedades privadas do semiárido paraibano: as contradições do modelo RPPN.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: SILVA, José Irivaldo Alves Oliveira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2261
Resumo: Um dos eixos centrais da política conservacionista implementada no Brasil tem sido a formação de unidades de conservação (UCs), dentre as quais se destaca a modalidade de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que já totaliza 429 unidades no território nacional, entre as federais, das quais 36 localizadas no semi-árido nordestino. Este trabalho analisa o modelo de conservação empreendido pela criação destas unidades de conservação de caráter privado, a partir de reservas privadas localizadas no semi-árido. As dinâmicas sociais relacionadas à criação de uma RPPN envolvem proprietários, populações do entorno e representantes de órgãos públicos, sendo tratados nesta dissertação em termos dos processos combinados de mudança ambiental, políticas conservacionistas e marginalização de grupos sociais, no quadro da abordagem da ecologia política. A pesquisa de campo realizada, nas RPPNs da Fazenda Almas, Major Badu Loureiro e Tamanduá, revelaram as contradições deste modelo de política conservacionista: indefinição das responsabilidades e direitos públicos e privados, os conflitos com as populações do entorno e os entraves a seu envolvimento nos processos de criação e manutenção da reserva; e as tensões entre conservação da natureza e exploração de recursos tais como madeira, caça e áreas de pastagem natural. Estas contradições são potencializadas no semi-árido paraibano, marcado pela degradação da caatinga, concentração fundiária, baixos índices de desenvolvimento humano e pelas relações clientelistas dominantes na região.