Estudo da atuação de um sistema de latitudes médias de semiárido do Nordeste do Brasil: aspectos de meso e grande escalas.
Ano de defesa: | 2003 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9348 |
Resumo: | Este trabalho investiga as formas de atuação de um sistema de latitudes médias que avança sobre a zona semi-árida do Nordeste do Brasil no inicio de junho de 1985. Aspectos desse episodio em grande e mesóescala são diagnosticados utilizando: (a) dados em pontos de grade do NCEP, (b) imagens do satélite meteorológico METEOSAT, (c) campos de precipitação obtidos por um radar meteorológico banda-C instalado em Petrolina-PE (9°24'S, 40°29'W), (d) radiossondagens diárias realizadas na sede do radar, (e) taxas de precipitação e totais diários de chuva obtidos via pluviógrafo e pluviômetro na área de cobertura do radar. O diagnostico do cenário de grande escala evidencia que uma ciclogénese iniciada no dia 3, ao longo de uma banda frontal situada a leste da Região Sudeste, provoca uma sequencia de eventos dentre os quais estão: (a) o avanço, até próximo de 7°S, de um cavado de latitudes medias com eixo meridionalmente alinhado na media troposfera, em torno de 45°W, que se estende da Região Nordeste ao Atlântico Sul; (b) o enfraquecimento dos ventos alisios de leste-sudeste a partir do dia 4; fc) a presença de convergência de umidade nos baixos níveis em grande parte do Nordeste, nos dias 5 e 6; (d) a extensa cobertura de nuvens sobre o Nordeste nos dias 5 e 6, em contraste com os dias anteriores. No cenário de mesoescala, condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento de sistemas convectivos precipitantes são analisadas considerando como índice de estabilidade a energia máxima da parcela a superfície (EMAX). Os resultados são confrontados com o grau de formação e intensificação dos ecos detectados pelo radar de Petrolina. Foi verificado que, apesar do aumento gradativo da EM Ax no período analisado, os valores indicam um grau de instabilidade insuficiente para explicar o desenvolvimento dos sistemas convectivos observados na área de alcance do radar. Células profundas com topos superiores a 15 km e organização em mesoescala foram responsáveis por alias taxas de precipitação e grandes áreas cobertas com chuva estratiforme com duração superior a 6 boras. A convergência de umidade nos baixos níveis associada a penetração do sistema de latitudes medias representa o mecanismo responsável pelo desenvolvimento e intensificação dos sistemas precipitantes. |