Padrões de ecos de radar meteorológico no semiárido brasileiro e condições atmosféricas associadas.
Ano de defesa: | 1996 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10181 |
Resumo: | O único conjunto de dados de radar meteorológico banda-C já obtidos na região semi-árida do Nordeste do Brasil e analisado. Os dados foram coletados pelo IAE-CTA em Petrolina-PE (9°24'S, 40º30'W) durante o primeiro semestre de 1985. Neste trabalho também e investigado o papel desempenhado por forçantes de natureza termodinâmica e dinâmica durante o período de estudo. Uma analise de correlação linear entre a energia convectiva da parcela e o numero de ecos pertencentes a diferentes classes de área horizontal resulta em correlações significativas positivas somente para ecos com área < 400 km2. Correlações positivas também são encontradas com a altura do topo dos ecos. A energia convectiva da parcela e a precipitação medida por pluviômetros estão correlacionadas apenas em abril. Os ecos foram classificados segundo dois critérios. O primeiro, baseado no gradiente de refletividade visto nas imagens PPI e RHI, permitiu identificar ecos convectivos, estratiformes e estratoconvectivos. A segunda classificação, baseada no grau aparente de organização visto nas imagens PPI, permitiu identificar cinco padrões distintos: ecos dispersos, zonas de ecos, linhas de ecos, faixas de ecos e bandas de ecos. Os resultados mostram que os ecos convectivos são responsáveis por 98,8% do numero total de ecos. Sua maior frequência e encontrada no quadrante sudeste da área de cobertura do radar. Os ecos estratiformes tem frequência relativamente alta (0,8%) apenas em Janeiro. Extensas e duradouras áreas de precipitação predominantemente estratiforme cobrindo aproximadamente 35.000 km2 são encontradas em associação a vórtices ciclônicos da alta troposfera. Ecos dispersos e zonas de ecos foram observados em todo o período de estudo. Linhas e faixas de ecos foram mais frequentes em margo e abril. Bandas de ecos ocorreram quase que totalmente em junho provocadas pela forçante dinâmica associada a um sistema de origem frontal que penetrou na região. Os cinco diferentes padrões de ecos foram mais frequentes no quadrante sudeste da área de cobertura do radar. Uma hipótese e formulada de que essa localização preferencial pode ser explicada por vários fatores, entre os quais estão a disponibilidade de umidade trazida pelos alísios de sudeste e a penetração e/ou formação in situ de sistemas de tempo organizados. |