Corpos em transe: a cidade do Salvador nas fotografias de Pierre Verger (1946-1952).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANTOS, Daiane Santana.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10611
Resumo: O cotidiano da cidade e das pessoas comuns, por muito tempo permaneceu velado a uma zona maldita, com suas histórias arrastadas para debaixo do tapete e o desprezo aos seus modos de agir, pensar e viver. Nesse sentido, este texto se propõe a falar da impertinência dos excluídos, da presença dos elementos considerados indesejáveis, o corpo estranho, ‘os feios, sujos e malvados’ ocupando os espaços da vida citadina. O pano de fundo da trama será os becos e vielas da cidade do Salvador, objeto de deleite para músicos, poetas, literatos e motivo de perturbação para médicos, engenheiros, urbanistas, gestores e a elite letrada, detentores do projeto civilizador. Na cena, identificaram-se vários embates de possibilidades do viver urbano, um jogo de disputa entre discursos, imagens e projetos que se legitimaria. Deste modo, o objetivo central é procurar compreender por meio das experiências corporais fotografadas por Pierre Verger, o mundo cotidiano das práticas dos corpos na (da) cidade do Salvador de 1946 a 1952. As fotografias produzidas pelo fotógrafo francês em 1946 a 1952 foram organizadas e publicadas no livro/álbum Retratos da Bahia (1989), desta maneira, elas entraram em cena, em contraposição com ao conjunto documental dos instrumentos de escarificação, como uma possibilidade interpretativa de destrinchar as tramas cotidianas dos corpos inauditos na (da) cidade, pensando como estes corpos em transe renegaram a sociedade impactada pelo controle e criando momentos de mobilidade em meio ao caos proporcionado pelas intervenções urbanísticas.