Primeiras imagens: Pierre Verger entre burgueses e infrequentáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rolim, Iara Cecília Pimentel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-04022010-145711/
Resumo: Esta tese de doutorado está centrada na trajetória de vida de Pierre Verger e procura analisar sua inserção no mundo da fotografia. Focalizando o início da carreira, o trabalho dá ênfase a um período pouco conhecido da vida do fotógrafo e, para tanto, a pesquisa privilegiou, a compreensão das ligações de Pierre Verger com o núcleo familiar, dos laços desenvolvidos no grupo de amigos artistas e das demandas do mercado de trabalho. A família proporcionou-lhe o primeiro mergulho no mundo das imagens através dos negócios do pai, mas Verger guardava restrições em relação às obrigações sociais que a posição familiar na sociedade burguesa lhe exigia. Com a adesão ao grupo dos amigos infreqüentáveis, cujos integrantes viviam de maneira muito diferente da qual estava acostumado, Verger estabeleceu uma rede de contatos, formou grupos de trabalho e viagens, dos quais resultaram, a sua iniciação como fotógrafo. O mercado foi cenário tanto de concorrências e disputas quanto também impôs e sofreu a imposição do gosto predominante do período e, desta forma, as imagens que circulavam publicamente provinham dos projetos individuais dos fotógrafos e das encomendas, sendo destinadas às demandas da imprensa, da publicidade, da moda, dos editores de livros e das exposições. Entre o desejo de se livrar dos moldes da família burguesa, a adesão ao grupo de amigos livres e as exigências do mercado, Verger encontrou um caminho para firmar-se como profissional através da produção fotografia de caráter documental e humanista, 14 anos antes de sua chegada ao Brasil.