Segurança pública e identidade: a construção do ethos policial militar paraibano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: NÓBREGA, Raquel Mírian.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/161
Resumo: Este trabalho versa sobre a identidade do Policial Militar paraibano a partir do soldado. A discussão sobre identidade parte do pressuposto de que o indivíduo não possui uma identidade única, mas consiste num ator que desempenha vários papéis no cenário social. A metodologia é Qualitativa e lança mão de entrevistas, análise de conteúdo e observação in locu. A pesquisa foi desenvolvida no 10° e no 2° Batalhão da Polícia Militar da Paraíba (2° BPM-PB), localizados na cidade de Campina Grande. As entrevistas foram realizadas entre Outubro e Dezembro de 2013, gravadas e depois digitalizadas. Doze policiais foram entrevistados: dois Oficiais e dez soldados, entre eles, quatro mulheres e oito homens. Os referenciais empíricos são os sites da Polícia Militar da Paraíba e do Ministério da Justiça, além de obras de Balestreri e estudiosos da segurança pública brasileira. Goffman, Foucault e Giddens estão entre os aportes que dão suporte à discussão teórica da pesquisa. O capítulo um discute segurança pública e identidade com os referenciais teóricos que dão suporte a discussão. O capítulo dois analisa o processo seletivo para o Curso de Formação de Soldados (CFSD) a partir do edital do CFSD-PMPB, do ano de 2008. O terceiro versa sobre o processo de socialização, ou educação do PM a partir dos CFSD’s realizados entre 2009 e 2012. No quarto e último capítulo, homens e mulheres soldados falam de suas experiências no interior e além da instituição. Os processos de entrada, formação e permanência na instituição, que se assemelha àquelas do tipo Totais, revela que a identidade policial militar é constituída por idealizações que fazem do soldado mais um indivíduo de guerra do que “de rua”. Além disto, os discursos e as práticas tanto do estabelecimento quanto dos próprios policiais indicam que querer entrar na PM, ser um de seus integrantes e desejar deixá-la são fases distintas do ser soldado, que longe de possuir uma identidade permanente é um fenômeno em fluxo constante de socializações.