Sistemas de classificação e construção do comportamento desviante no campo escolar: uma análise das múltiplas dinâmicas de rotulação em uma escola da rede pública em Assunção-PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: GUEDES, Waschington Alves.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10323
Resumo: O objetivo de nossa pesquisa é analisar como os agentes envolvidos no campo escolar atuam de maneira a construir classificações relativas ao desempenho e à expectativa de desempenho de estudantes, focalizando as dinâmicas de rotulação referidas a essa variável, colocadas em curso por professores, colegas e gestores. A perspectiva teórica adotada tem como base: a Teoria da Classificação, como formulada por Becker para explicar as construções sociais de comportamentos desviantes; as contribuições de Bourdieu sobre o campo escolar enquanto espaço de lutas por distinção social; e as reflexões sobre a construção social do grupo dos nós e dos outros, elaboradas por Elias. Além da etnografia de uma escola em uma escola pública de ensino Fundamental I, II e EJA de Assunção-PB, selecionada pela acessibilidade, faremos entrevistas estruturadas com uma amostra de sujeitos participantes da referida escola, selecionando-os de modo a contemplar os diversos estratos que a compõem, como acima citados. Dentre as principais conclusões do trabalho, ressaltamos as seguintes: (1) A classificação é colocada em prática a partir de critérios pedagógicos de avaliação, isso quando parte do professor. O grupo dos alunos classifica a partir de critérios como domínio de conteúdo, didática do professor, clareza; (2) O comportamento desviante começa a ser construído no ambiente familiar e reproduzido e leva a dois caminhos dentro da escola: Desistência e ao EJA, caso, esse aluno não seja resgatado pela escola dessa carreira desviante; (3) Os grupos surgem principalmente a partir de afinidades, ou seja, interesses comuns específicos ao campo escolar, específicos da vivência dentro da escola e extraescolares que são adquiridas em outros campos sociais; e (4) A rotulagem no campo escolar é uma ação sempre sutil inicialmente, não é um aspecto da comunicação pedagógica oficial, assim como, o comportamento desviante é uma estratégia de resistência no contexto escolar.