Impactos socioeconômicos e ambientais dos desastres associados às chuvas na cidade do Recife-PE.
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17020 |
Resumo: | O presente trabalho objetivou determinar e classificar limiares da precipitação pluviométrica, assim como avaliar os impactos sociais, econômicos e ambientais decorrentes dos desastres associados às chuvas na cidade do Recife-PE. A metodologia baseou-se em seis etapas distintas: classificação de limiares para determinação da intensidade da chuva diária, mensal e anual; avaliação dos impactos sociais, econômicos e ambientais decorrentes dos desastres associados à intensidade da precipitação; mapeamento do índice de risco e de vulnerabilidade a desastres nos bairros de Recife; elaboração e aplicação de 300 questionários para avaliar a vulnerabilidade da população; utilização do software RCLIMDEX (versão 1.9.0) para calcular possíveis tendências climáticas; e elaboração de um Sistema de Alerta de Chuvas para Recife. Na análise da precipitação diária, constatou-se que quando há registros de precipitação nas classes de Chuva Muito Forte e Chuva Forte, sempre há escorregamentos e muitos pontos de alagamentos. A intensidade Moderada também pode desencadear escorregamentos, principalmente pontos de alagamentos. Não houve ocorrência de danos associados a chuvas Fracas, porém, quando há registros de precipitação em dias consecutivos anteriores a um evento de Chuva Fraca, com acumulado superior a 30 mm, podem ocorrer escorregamentos. Dias consecutivos com chuvas anteriores a um evento de Chuva Muito Forte, Forte e Moderada contribuem ainda mais para ocorrência de desastres. Apesar dos eventos extremos de chuvas intensas serem observados principalmente entre os meses de março e julho, tais eventos podem ocorrer nas demais épocas do ano. Verificou-se que é freqüente a ocorrência de escorregamentos e alagamentos decorrentes das chuvas, associada à falta de infra-estrutura, aliado principalmente às condições sociais e econômicas da população. A parceria e o comprometimento da Sociedade, Defesa Civil e demais órgãos públicos, formam o tripé que, atuando em conjunto, fortalecem e dinamizam as ações realmente eficazes para mitigação ou resolução dos problemas decorrentes dos desastres. A maioria dos bairros do Recife apresenta riscos à desastres Muito Alto e Alto e vulnerabilidade Muito Alta, destacando-se as regionais Sul e Oeste com os maiores índices de riscos. A vulnerabilidade socioeconômica da população que reside nas áreas mais pobres foi considerada Alta, e a vulnerabilidade ambiental Muito Alta. Foram diagnosticadas mudanças locais relacionadas à precipitação e à temperatura durante um período de 47 anos, com aumento da freqüência de eventos extremos de chuvas a partir da década de 80, e precipitações diárias superiores a 100 mm em poucos dias. Observou-se um aumento das temperaturas máximas e mínimas, com aumento de ondas de calor na região. Os desastres decorrentes das chuvas e possíveis tendências climáticas exigem a implantação de um sistema de alerta, que é relevante para reduzir ou até mesmo controlar a vulnerabilidade da população e os riscos à desastres. |