Padrões de fermentação da silagem do algodão mocó aditivada com ureia em diferentes tempos de abertura.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: PEREIRA, George Estêfano dos Santos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36262
Resumo: A potencialidade da produção de forragem na região semiárida do Brasil é viável desde que haja planejamento necessário. A escolha por culturas corretas e adaptadas é a melhor escolha. O resgate de culturas que fizeram parte da alimentação de ruminantes no passado torna-se um caminho a se pensar. Nesse contexto, o algodão Mocó (Gossypium hirsutum L. r. marie galante Hutch) apresenta-se como cultura a retornar ao cenário da produção de forragem. Munidos de tais referências, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a dinâmica de fermentação e a composição bromatológica da silagem do algodão Mocó aditivada com ureia. Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 3, sendo três tempos de fermentação da ensilagem (14, 21 e 28 dias) e três níveis de ureia (0, 3 e 6% com base na matéria seca ensilada), com seis repetições, totalizando 54 minissilos. Os mini silos foram avaliados do ponto de vista fermentativo pelos parâmetros de pH. condutividade elétrica, perda por gases, perda por efluentes, e recuperação de matéria seca. A ureia teve influencia em todos os parâmetros citados, e os dias de fermentação apenas para condutividade elétrica e perdas por gases. Nas análises bromatológicas foram avaliadas matéria seca (MS), matéria mineral (MM), umidade, matéria orgânica (MO), nitrogênio amoniacal com base na matéria seca (NNHMS), nitrogênio amoniacal com base no nitrogênio total (NNHNT), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro corrigido para cinzas e proteína (FDNcp), hemicelulose, fibra em detergente ácido (FDA), celulose, carboidratos totais (CHOT), carboidratos não fibrosos (CNF), extrato etéreo (EE) e nutrientes digestíveis totais (NDT). A ureia elevou o pH de 5,56 na nível 0% para 8,62 da nível 6% da aditivação da silagem o que promoveu maiores índices de condutividade elétrica. A aditivação com ureia influenciou positivamente (P<0,05) em todos os parâmetros anteriormente citados. Podendo destacar a elevação do teor de PB da silagem de 9,81% no nível 0% de ureia para 14,81% no nível 6% e a melhoria nos teores de FDNcp no nível 0% era de 63,62% e passou para 69,03 e 68,20 nos níveis 3 e 6% de aditivação. Em relação aos dia de fermentação, a análise de variância detectou diferença significativa (P<0,05) apenas para MS, umidade, PB, FDNcp, FDA, CHOT e CNF. Havendo interação significativa (P<0,05) ureia x dias apenas para a condutividade elétrica, com o aumento dos níveis de ureia e o passar dos dias, os níveis de CE nos silos aditivados se elevaram ao longo do tempo de 1,63; 1,64 e 1,85 dS m-1 no nível 3, e 2,12; 2,17 e 2,30 dS m-1 na dose 6%, ao contrario do nível 0% de ureia que com o passar dos dias promoveu redução na CE apresentando os seguintes resultados 1,22; 1,20 e 1,18 para os tempos 14, 21 e 28 dias, respectivamente. De modo geral o nível 3% de aditivação apresentou resultados semelhantes ao nível 6%, sendo visto como o melhor testado. A silagem de algodão Mocó e viável a ser utilizada como alimento para ruminantes na região semiárida, podendo baratear os custos e evitar a aquisição de alimentos externos pelos produtores.