Doenças causadas por Escherichia coli em suínos domésticos no Nordeste do Brasil.
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25589 |
Resumo: | Na suinocultura, o aparecimento de muitas doenças está intimamente relacionado a forma de produção animal e refletem a fragilidade da manutenção da situação sanitária do rebanho, especialmente na região Nordeste. Em suínos, infecções por E.coli são importante agente causal de morte possuindo diferentes manifestações clínicas. Esta Dissertação foi elaborada em dois capítulos, composta por dois artigos originais. O primeiro submetido à Acta Scientiae Veterinaria relata surtos de abortos e de mortalidade neonatal em decorrência da infecção por E.coli, descrevendo seus aspectos epidemiológicos, clínicos, anatomopatológicos e microbiológicos. Os surtos ocorreram em uma propriedade rural de subsistência localizada no município de Patos, Paraíba, onde eram criadas 10 porcas matrizes, quatro porcas marrãs e um porco reprodutor. Em cada parição, as matrizes pariam leitegadas de, em média, 12 leitões, no máximo dois sobreviviam e, os demais morriam em até 48h após o nascimento. Uma das matrizes, em seu terceiro parto, abortou 10 fetos no terço final da gestação, os quais foram remetidos para exame anatomopatológico. No exame externo dos cadáveres, verificou-se desuniformidade no tamanho dos fetos e áreas avermelhadas, multifocais a coalescentes, distribuídas aleatoriamente por todo o corpo, particularmente nos membros, região ventral do abdome e face. No exame microbiológico dos envoltórios fetais e de fragmentos de órgãos fetais, observaram-se colônias puras e abundantes caracterizadas por bastonetes Gram negativos. Na identificação fenotípica, as bactérias apresentaram lactose, indol, redução de nitrato e Voges Proskauer positivos, além de oxidase citrato, motilidade, urease, fenilalanina e vermelho de metila negativos, características que permitem a identificação de Escherichia coli. O segundo artigo, será submetido à revista Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, descreve os aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos da Doença do Edema eu suínos domésticos na Mesorregião do Sertão Nordestino. Foram revisadas as necropsias de suínos realizadas no Laboratório de Patologia Animal do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, Paraíba, durante o período de janeiro de 2003 a abril de 2019. Durante o período de estudo foram realizadas 108 necropsias em suínos, sendo diagnosticados seis casos individuais e nove surtos de doença do edema, com um total de 22 necropsias e 47 animais acometidos. Foram afetados animais de ambos os sexos predominantemente no período de pós-desmame. O curso clínico foi agudo e caracterizado por manifestações neurológicas e edemas. Na necropsia observou-se principalmente hidropericárdio, ascite, edema nos ligamentos intestinais e edema na parede do estômago e de pálpebra. Na histopatologia, observou-se em todos os casos aumento do espaço perivascular associado a edema e tumefação das células endoteliais. O diagnóstico foi estabelecido através da epidemiologia, sinais clínicos, achados anatomopatológicos e isolamento microbiológico do agente. A confirmação pode ser realizada com isolamento da bactéria e a caracterização do gene responsável pela produção da toxina, mas na indisponibilidade dessas técnicas as lesões anatomopatológicas são suficientemente acuradas para o estabelecimento do diagnóstico. |