Avaliação de um reator biológico aerado para o tratamento de efluentes contaminados por agrotóxicos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SANTOS, Roberta Daniele da Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4047
Resumo: O processo agrícola passou por mudanças significativas na década de 50 que contemplaram principalmente o uso extensivo de agrotóxicos no controle de pragas e doenças. No entanto, a utilização dessas substâncias gera efluentes contaminados que podem impactar significativamente o meio ambiente, o que torna imprescindível a utilização de métodos para tratá-los e reduzir sua toxicidade, a exemplo do tratamento biológico aerado. O objetivo desse trabalho foi avaliar um sistema de tratamento biológico combinando aeração e esterco caprino na biodegradação de efluentes contaminados com agrotóxicos, visando reutilizar esse efluente como um biofertilizante. Esse trabalho foi conduzido em duas etapas, a primeira, consistiu na avaliação do tratamento biológico adotado por uma fazenda produtora de uva no Vale do São Francisco e a segunda etapa, contemplou um estudo em escala laboratorial com efluente sintético contaminado com imidacloprido empregando reator biológico aerado. Na primeira etapa, os efluentes e a calda orgânica foram coletados em tanques aerados da fazenda Produtora de uva. Foram feitas as seguintes análises, físico-químicas e microbiológicas nas amostras de efluente e calda orgânica; resíduos de agrotóxicos no efluente e esterco caprino; ensaios de toxicidade com o efluente antes e após o tratamento. O tratamento foi capaz de biodegradar o fungicida ciproconazol. Na segunda etapa, o delineamento experimental utilizado foi um planejamento fatorial 2x2 com três repetições. O efluente sintético, preparado com o inseticida imidacloprido foi colocado em um reator, em seguida adicionou-se esterco caprino e o sistema permaneceu sob aeração constante por meio de bombas de aeração para aquário. Foram monitorados temperatura, oxigênio dissolvido, nitrogênio e COT. Foram realizadas análises microbiológicas no efluente e também de resíduos de agrotóxicos no efluente e no esterco. Esse tratamento foi capaz de biodegradar aproximadamente 40% da concentração inicial de imidacloprido em 15 dias. Estudos dessa natureza trazem uma enorme contribuição para a ciência e a região do Vale do São Francisco, pois propõe uma alternativa de tratamento para sobras de calda e água de lavagem dos equipamentos de pulverização.