Caracterização do digestato da usina de produção de bioenergia do IEE USP para aplicação como biofertilizante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Tagima, Alice Akemi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106133/tde-29012024-183007/
Resumo: Uma alternativa para a valorização dos resíduos orgânicos é a produção de biogás e do digestato (fertilizante), produtos do processo de biodigestão anaeróbia dos resíduos orgânicos. O digestato, pelo seu teor de nutrientes, tem um potencial de biofertilizante. No Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo, está em operação a Usina de Bioenergia e Biofertilizantes com Resíduos Orgânicos. A Usina processou 460 toneladas de resíduos e produziu 850 m3 de digestato, o que gerou 65 MWh de energia elétrica, até julho de 2023. Este trabalho focou na caracterização do digestato, avaliando seu potencial uso como biofertlizante. Para isso foram analisadas 5 amostras do digestato, examinando as concentrações de macro e micronutrientes e verificando a presença de patógenos dentro dos 500 dias de operação da Usina. Além disso, em uma das amostras, o digestato foi submetido a dois processos de separação: decantação e centrifugação, podendo avaliar seu balanço de massa. Os resultados obtidos são, coerentes com os da literatura e indicam o uso potencial do digestato como fertilizante, em razão do teor de macronutrientes (NPK), micronutrientes e pela ausência de contaminantes patógenos e metais pesados. Um dos elementos que esteve em alta concentração foi o sódio, porém, em uma análise feita posteriormente, foi visto que está dentro do limite estabelecido pela CETESB. O uso do digestato demonstra o benefício econômico e ambiental do aproveitamento de resíduos orgânicos, resultando em um efetivo pacote tecnológico.