Cimento ósseo de brushita obtido pelo método de dissolução-precipitação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: MORÚA, Otto Cumbertach.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16413
Resumo: As doenças ósseas são um dos principais desafios da medicina regenerativa desde o século XX. Dentre as causas recentes e importantes estão a longevidade da população e o número de traumas por acidentes. A medicina regenerativa é a parte da ciência e engenharia dos biomateriais que aborda a substituição ou regeneração do tecido ósseo. Um dos materiais mais importantes são os cimentos ósseos, visto sua função de unir e propiciar uma transição de fase de modo a ter resultados físicos e biológicos adequados para as diferentes aplicações, como na odontologia e ortopedia. Os cimentos de brushita podem ser sintetizados a partir da reação de wollastonita com um ácido, apresentando propriedades osteocondutiva e biocompatíveis, apoiar às células osteoblásticas tanto para a proliferação como para a diferenciação celular, além de que a solubilidade melhor é maior no pH fisiológico do que as apatitas e β-TCP. Estes biomateriais também têm sido investigados no processo de reparação óssea por induzir a regeneração e osteoindução das células envolvidas. Desta forma o objetivo deste estudo foi desenvolver um cimento ósseo com diferentes concentrações de fase brushita a partir da síntese de wollastonita e ácido orto-fosfórico, pelo método de dissolução-precipitação, e avaliar suas propriedades microestruturais e físico-químicas. Foram preparados corpos de prova de cimento ósseo com diferentes concentrações de fase brushita (30, 50 e 70%) a partir de 5g de wollastonita misturando até homogeneização com uma solução aquosa de ácido fosfórico, a pasta obtida foi colocada em um molde de teflon até a cura por 24 horas a uma temperatura de 25±5oC e umidade relativa de 80±10% aproximadamente. Os corpos de prova dos cimentos foram caracterizados por Difração de Raios X, espectroscopia Raman, Microscopia Eletrônica de Varredura, Ensaio Mecânico de Compressão e Propriedades de Manipulação. Os melhores resultados foram encontrados para o cimento preparado empregando uma concentração de 70%, com tempos de mistura, manipulação e cura, de 1e 6 min e a partir de 7 min, respectivamente. Temperatura máxima da massa de cimento durante a reação foi de 97°C, compatível com o uso clínico, com resistência à compressão de 12, 13 e 19 Mpa em 1, 3 e 7 dias após a cura, respectivamente, semelhante à resistência do osso esponjoso ou trabecular.