Estudo sorológico da infecção por Leishmania sp. e Leptospira spp. em cães de assentamentos rurais no Estado da Paraíba.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA, José Dêvede da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25650
Resumo: Os assentamentos rurais são definidos como espaços agrários de organização familiar, cuja finalidade é o fortalecimento da agricultura familiar a partir de políticas públicas. São ambientes peculiares que podem representar risco de doenças, especialmente de caráter zoonótico, considerando naturalmente o convívio próximo com os animais, que de certo modo, podem atuar como fontes de infecção. O capítulo I do presente trabalho objetivou determinar a soropositividade para Leishmania sp. em cães de assentamentos do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, bem como identificar os fatores de risco. Foram utilizados 306 cães e o diagnóstico sorológico da leishmaniose visceral canina (LVC) foi realizado através do ELISA S7. Dos 306 cães investigados, 118 apresentaram anticorpos anti-Leishmania sp., resultando em frequência de 38,6%. Idade de 12 – 24 meses (OR = 2,97), idade de 24 – 48 meses (OR = 4,83), idade de 4 – 6 anos (OR = 4,40), idade > 6 anos (OR = 3,62), contato com aves (OR = 1,67) e sexo (fêmea) (OR = 1,97) foram apontados como fatores de risco. A frequência da LVC em cães de assentamentos rurais do semiárido paraibano foi considerada alta, o que torna a população desses locais susceptível à infecção. Isso aponta para uma necessidade de alerta aos órgãos de vigilância epidemiológica para estabelecer medidas de prevenção e controle dessa zoonose. Recomenda-se a construção dos aviários afastados das residências, pulverização com inseticidas nas habitações humanas e instalações dos animais, bem como melhorias nas práticas sanitárias, objetivando reduzir o acúmulo de matéria orgânica e consequentemente diminuir a população de flebótomo e o contato deste com os seres humanos. O objetivo do capítulo II foi determinar a frequência de anticorpos anti-Leptospira spp. em cães de assentamentos rurais do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, bem como identificar os fatores de risco. Foram utilizados 306 cães e o diagnóstico de Leptospira spp. realizado pela técnica de Soroaglutinação Microscópica (SAM). Foram identificados 27/306 (8,82%; IC 95% = 6,13 - 12,5%) cães soropositivos para Leptospira spp. O sorotipo mais frequente foi o Pomona. A criação do tipo solto (OR = 3,53) foi apontada como fator de risco para a doença. Os resultados do presente estudo indicam a presença de anticorpos anti-leptospira spp. em cães de áreas de assentamentos rurais do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Isso reforça a necessidade de limitar o contato de cães com reservatórios silvestres e implantação de melhorias nas condições higiênico-sanitário nos assentamentos, destacando-se a construção de pocilgas afastadas das residências com o intuito de reduzir a ocorrência dessa infecção e, consequentemente, diminuir a transmissão da doença aos seres humanos e animais.