O encantamento da reforma agrária.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: TÔRRES, Ednaldo Ferreira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1896
Resumo: O presente estudo tem como objetivo analisar o papel do "encantamento" da reforma agrária no processo de desenvolvimento e na vida dos camponeses assentados. A pesquisa foi realizada no assentamento Novo Mundo, Camalaú-PB, na microrregião do Cariri paraibano. Para coleta de dados foram realizadas: (i) uma análise de 07 entrevistas feitas pelos alunos da Universidade Camponesa; (ii) 03 entrevistas abertas - com um dos lideres do assentamento, com um pesquisador local e com o ex-gerente e irmão do exproprietário da fazenda expropriada; (iii) entrevistas com 14 chefes de família assentadas, a partir de um roteiro de entrevista semi-estruturado; (iv); e ainda, participamos de diversos eventos que abordaram o tema de estudo. Entre os resultados apontados no trabalho quatro merecem destaque: primeiro, a lógica camponesa continua a alimentar o sonho dos assentados para o futuro; segundo, a dependência de uma renda externa demonstra que o "encantamento" se realizou apenas parcialmente; terceiro, a maioria dos filhos que passaram pela experiência de vida urbana não compartilham do sonho camponês e pensam em voltar a morar na cidade; e, por último, a imposição de um modelo de desenvolvimento Rural contrário à lógica dos camponeses conduziu a impasses, como o bloqueio do processo de liberação dos créditos para o assentamento. Esse panorama nos faz concluir que a opção por um modelo de desenvolvimento deve se basear na lógica de vida e trabalho dos camponeses.